Adolescentes são ouvidos em delegacia suspeitos de espancar garoto até a morte

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
17/09/2013 às 15:01.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:29

Três adolescentes estão sendo ouvidos na tarde desta terça-feira (17) pelo delegado Thiago Soares Marty em Miraí, na Zona da Mata. Eles são suspeitos de terem espancado o garoto Adriano Fortunato Júnior, de apenas 11 anos, durante uma brincadeira de “tacobol ou bete” - na qual os jogadores rebatem uma bola e usando um taco, ou pedaço de madeira. O garoto não resistiu aos ferimentos e morreu nessa segunda-feira (16).    Uma equipe do Conselho Tutelar e os pais dos jovens acompanham as diligências na delegacia. O crime chocou os moradores da cidade de 13 mil habitantes pela brutalidade e pela causa da morte. O menino foi encontrado ensaquentado caído no chão atrás de uma gráfica, localizada no entroncamento das ruas João Resende e Tenente Leopoldino, no centro da cidade.    O funcionário do hospital da cidade passava pelo trecho no início da noite dessa segunda, quando viu dois jovens saírem correndo do local escondendo os rostos com peças de roupas. Ao conferir o que havia atrás da gráfica, o homem encontrou “Adrianinho”, como o menino era conhecido na cidade, em estado deplorável.    O delegado Marty deve levar os três adolescentes até o local do crime para apurar detalhes do crime. O trio, segundo o investigador Edson Carlos Martinhão, conhecia a vítima. Uma outra testemunha deve ser ouvida pelo delegado, mas a previsão é de que a Polícia Civil não tenha tempo hábil para colher o depoimento dela ainda nesta terça-feira. Neste caso, essa pessoa será chamada a prestar esclarecimentos ao delegado nos próximos dias.    Essa testemunha contou aos policiais que viu três jovens conversando no entorno da gráfica onde o jovem foi encontrado, uma região conhecida como Mina, logo na saída de Miraí para Muriaé. Ela relatou ainda aos militares que um deles era mais velho, aparentando até ser maior de idade.   Um dos jovens tinha um pedaço de madeira nas mãos, mas a testemunha não soube informar se o objeto estava sujo de sangue.   A expectativa ainda é de que essa testemunha seja chamada para fazer o reconhecimento dos jovens que estão sendo interrogados, conforme o investigador Martinhão.    Moradores da cidade disseram aos policiais que o menino se envolvia constantemente em confusões. Ele era morador do bairro Escolástico, um dos mais carentes de Miraí. A criança era o oitavo dos nove filhos e estava cursando o 5º Ano do Ensino Fundamental.   O enterro do menino deve ser realizado nesta terça-feira (17) em Miraí, o horário não foi informado. 

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