Advogado estuda formas de reparação a monitor, após imagem 'queimada'

Liziane Lopes
17/10/2019 às 15:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:16
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Após ver as denúncias de abuso sexual que pesavam contra o seu nome serem descartadas pela Polícia Civil, o ex-estagiário do Colégio Magnum afirma que quer retomar a vida, voltar a acordar cedo e trabalhar até mais tarde, como sempre fez. https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/descartado-o-abuso-monitor-avalia-se-aceita-proposta-de-voltar-para-o-magnum-1.750347, nesta quinta-feira (17), ele agradeceu o apoio de pais de estudantes durante as duas semanas de investigação. "Como fruto de muito trabalho, dedicação, humildade e honestidade, consegui prosperar com o suor de cada dia e o reconhecimento veio de uma forma que jamais pensaria que aconteceria, ser defendido pelos pais dos meus próprios alunos de uma acusação gravíssima", postou. 

Um dos pais é o advogado Fabiano Lopes, que assumiu a causa do monitor. Concluído o inquérito, ele agora pretende acompanhar o caso junto ao Ministério Público, que pode oferecer ou não denúncia à Justiça. Lopes ainda pretende negociar a volta do estudante de Educação Física ao Colégio. Ele foi convidado pela escola a reassumir a vaga.

"Nós estamos estudando fazer uma contraproposta para o Magnum. Vamos sugerir que ele seja efetivado como professor de Educação Física. A gente não acredita que ele vai ter muitas oportunidades de trabalho, porque o não indiciamento não quer dizer que a imagem dele não foi plenamente destruída. A gente sabe o seguinte: qual mãe que deixaria seu filho com uma pessoa que já sofreu uma acusação de abuso sexual, mesmo sendo inocentado? A imagem dele não foi prejudicada agora, foi prejudicada por toda a vida", afirmou.

O advogado disse também que o cliente teve a imagem exposta indevidamente e que vai estudar formas de reparar o ex-estagiário do Magnum também quanto a esses danos.

Relembre

A primeira denúncia foi feita em 3 de outubro. Uma mãe procurou a polícia e relatou “que seu filho, de 3 anos, ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho”. Ela disse também que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito. Ainda de acordo com a mãe, o aluno "foi forçado a tocar no pênis do autor e que o autor tocou no pênis da vítima”. Segundo a Polícia Militar, a mãe voltou a questionar a criança, que, por sua vez, fez gestos indicando que teria feito sexo oral com o rapaz. 

O segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas. Outros casos também foram denunciados, sendo sete no total.

Na quinta-feira (10), a Polícia Civil apreendeu um aparelho celular durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do monitor. Na sexta-feira (11), o suspeito participou de manifestação de apoio a ele na porta do Colégio Magnum, onde foi recebido com abraços por pais e estudantes. E na última segunda (14), o monitor de educação física prestou depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. 

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