MARIANA - O Ministério Público de Mariana, na região Central, vai investigar a conduta de advogados oportunistas que estariam tentando se aproveitar da fragilidade das famílias atingidas pelo rompimento de duas barragens na cidade.
A tragédia provocou ao menos oito mortes e destruiu várias casas de distritos do município e de Barra Longa. Segundo o promotor Guilherme Meneghin, foram recebidas denúncias de profissionais da área do Direito que estariam indo até os hotéis para tentar persuadir as pessoas.
"A intenção deles é fazer com que as famílias assinem procurações para ações individuais dos danos causados para depois serem ressarcidos. Porém, o ideal é que eles entrem com ações coletivas. Uma ação isolada pode demorar anos na Justiça", disse o promotor.
Ainda conforme ele, nenhuma família foi realocada de hotéis para uma das 140 moradias disponibilizadas pela Samarco, até o momento.
Os moradores estão muito unidos e estão avaliando a situação para tomar uma decisão de forma conjunta", afirmou Meneghin, que assistiu à missa de sétimo dia das vítimas da tragédia nesta quarta-feira (11), na praça da Catedral da Sé. Segundo ele, uma documentação com as denúncias será encaminhada para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).