Além de BH, pelo menos seis cidades da região metropolitana recuam na flexibilização do comércio

Lucas Borges
@lucaslborges91
30/06/2020 às 21:10.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:54
 (MV/ Hoje em Dia)

(MV/ Hoje em Dia)

Após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) anunciar, na última sexta-feira (26), o recuo no processo de abertura do comércio na capital, o número de cidades da Região Metropolitana de BH que seguiram o mesmo caminho só aumenta.

Além da capital, Betim, Ribeirão das Neves, Contagem, Pedro Leopoldo, Sabará e Santa Luzia também decidiram fechar estabelecimentos nos últimos dias, mantendo em funcionamento apenas os serviços que são considerados essenciais para a sociedade. Betim e Santa Luzia já haviam aumentado as medidas de isolamento antes mesmo de BH. 

No caso de Santa Luzia, a prefeitura determinou, desde a semana passada, um rodízio, regulamentando que segmentos que tenham autorização para funcionar, abram as portas em dias alternados.

O número de cidades que retroagiram na flexibilização pode ser ainda maior, já que nem todas as prefeituras comunicam aos órgãos oficiais medidas de flexibilização ou de fechamento do comércio.

Aumento de casos

O endurecimentos dessas medidas se dá em função do aumento dos casos de coronavírus em Minas Gerais nas últimas semanas.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo governo de Minas nesta terça-feira (30), o estado tem atualmente 45.001 casos confirmados da doença e 965 óbitos.

A principal preocupação dos prefeitos no momento, e que motivaram o recuo na flexibilização, é em relação a ocupação dos leitos de terapia intensiva nas redes públicas.

O temor dos gestores é de que ocorra um colapso no sistema de saúde nas cidades.

Em Belo Horizonte, a taxa de ocupação das vagas de terapia intensiva para pacientes com Covid-19 na rede pública está em 87%, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta terça-feira.

Alguns dos prefeitos, como Junynho Martins (Democratas), de Ribeirão das Neves, e Medioli (Podemos), de Betim, também justificaram o recuo na abertura do comércio com o grande fluxo de deslocamento de pessoas entre os municípios, e a intenção de se alinhar às medidas adotadas por Belo Horizonte.

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