(Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)
A Vigilância Epide-miológica de Belo Horizonte vai concentrar os esforços de combate à dengue em 16 bairros da cidade onde o risco de epidemia da doença é considerado alto. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LirAa) realizado em janeiro nesses locais é superior a 4%. Isso significa que de cada cem imóveis fiscalizados, pelo menos quatro têm focos do mosquito transmissor.
O LirAa geral da capital mineira é de 1,9%, apontando, conforme o Ministério da Saúde, risco médio de epidemia. Apesar de ser o menor índice de janeiro nos últimos quatro anos, o percentual é quase quatro vezes maior que o do último levantamento de 2012: 0,5%, em outubro.
Perigo em casa
A vistoria, realizada em 34.320 imóveis, revelou que 78% dos focos do mosquito estavam dentro das casas.
O secretário Municipal de Saúde, Marcelo Teixeira, associa o avanço da infestação na capital, em comparação com o último levantamento, à chegada
“Cada morador tem papel fundamental no combate à doença. Olhe o pilotis do prédio, verifique se há, em casa, algum criadouro do mosquito e evite acumular materiais como plástico, latas e recipientes que retêm água. Quanto mais ação em conjunto, mais vamos conseguir reduzir os índices de infestação e contaminação na cidade”, diz.
Até agora, foram registrados 763 casos suspeitos de dengue em BH. Do total, 199 foram confirmados, 67 descartados e 497 estão em análise. A Pampulha apresenta o maior número, 43 confirmações, seguida pelas regiões Centro-Sul, com 30, e Venda Nova, com 24.
Os bairros com LirAa superior a 4% são Coqueiros e São Salvador (6,35%), na região Noroeste; Cidade Nova, Dom Joaquim, Fernão Dias, Penha, União e Vila de Sá (4,66%), na região Nordeste; Esplanada, Pompeia, Vila Nossa Senhora do Rosário e Vila São Rafael (4,5%), na região Leste; Alto Caiçaras, Caiçara, Adelaide, Jardim Montanhês e Monsenhor Messias (4,48%), na região Noroeste.
Para reduzir a infes-tação da doença na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde está priorizando os mutirões de limpeza, sobretudo nas áreas onde foi registrado alto risco de epidemia. Além disso, serão contratados 278 agentes para reforçar a equipe das regionais. l