Alertas bloqueiam as vias e evacuam área em torno do viaduto na Pedro I

Cristina Barroca - Hoje em Dia*
14/09/2014 às 08:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:11
 (Hoje em Dia)

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Dois sinais já foram dados para a evacuação da área isolada e para bloqueio das vias no entorno do viaduto Batalha dos Guararapes, que cedeu e desabou no dia 3 de julho matando duas pessoas. Um foi às 8 horas e outro às 8h30. Pessoas que residem na região estão no local para assistir à implosão que acontece às 9 horas deste domingo (14).

Cristina de Souza, de 38 anos, mora no bairro Santa Branca e foi até lá com os dois filhos para acompanhar a operação. "Moramos perto e viemos ver. Estamos com medo. Não sabemos como vai ser."

Alguns moradores de edifícios que precisaram ser evacuados por conta da implosão também optaram por acompanhar o processo de retirada do viaduto da Pedro I. O técnico de enfermagem Lincoln Vieira, de 37 anos, morador do Edifício Antares, acompanha de perto a operação. "Vamos ver se volta a tranquilidade. Desde que a alça caiu, não tivemos paz". A família dele está na casa de parentes.

A Defesa Civil fez fotos dos prédios próximos antes do viaduto ser implodido, para que após a implosão tenham condição de fazer uma vistoria com a finalizada de constatar possíveis danos causados pelo impacto da implosão. O seguro da empresa que está à frente da operação, para danos em imóveis, é de um milhão de reais.

Retirada

Os moradores dos edifícios Antares e Savana, localizados ao norte do viaduto Guararapes, foram retirados de seus domicílios nesse sábado (13). Os moradores serão encaminhados a um hotel provisoriamente, para que os trabalhos de implosão possam ocorrer em segurança.

As pessoas retiradas do local tiveram à disposição o uso de ônibus, que partem do local a cada duas horas. Eles foram encaminhados para o hotel Soft Inn, no bairro São Cristóvão, na região Noroeste de BH, e outros preferiram ficar na casa de parentes. A construtora Cowan, responsável pela obra, está arcando com os custos de deslocamento e hospedagem.

A perícia da Polícia Civil apontou erro nos cálculos do projeto, o que resultou no uso de apenas um décimo do aço necessário nos pilares. A previsão é a de que o inquérito seja concluído em dezembro e encaminhado à Justiça.

* Com informações da repórter Letícia Alves - no local

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