Alimentação infantil: saiba o que pode e o que não pode para evitar doenças

Da Redação*
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23/08/2017 às 15:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:13
 (Letícia Murta/Divulgação)

(Letícia Murta/Divulgação)

Obesidade, hipertensão e diabetes. Essas doenças, que estão cada vez mais presentes da vida da população, também têm afetado as crianças. No dia em que é comemorado o Dia da Infância, nesta quinta-feira (24), a Secretaria de Saúde de Minas reforça o alerta de uma alimentação saudável para os pequenos.

Os cuidados devem começar desde o nascimento do bebê. Nos seis primeiros meses de vida, o leite materno fornece todos os nutrientes que a criança precisa, sem a necessidade de alimentação complementar. Dos seis meses em diante é hora de agregar novos alimentos ao cardápio infantil. 

A dica é abusar dos alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras, tubérculos e carnes, que devem ser introduzidos de forma lenta e gradual. Guloseimas e produtos industrializados estão fora da lista.

“Mesmo com a alimentação complementar, a amamentação em livre demanda deve ser mantida até dois anos ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, ressalta a nutricionista Nathália Beltrão, referência técnica em Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

O que evitar

A alimentação complementar oferecida de forma inadequada também pode resultar em problemas como anemia, excesso de peso e desnutrição. “Alimentos com grandes quantidades de açúcar, gordura e corantes devem ser evitados, pois podem prejudicar a qualidade da dieta, resultando no aumento do peso e na ingestão deficiente de micronutrientes”, alerta a nutricionista.

Apesar de suas excelentes propriedades medicinais, o mel também não deve ser consumido por crianças com menos de 1 ano. Se contaminado, ele pode levar ao botulismo, assim como o palmito e os picles em conserva, além de alimentos embutidos como salsichas, salames, presuntos e patês.

Já o consumo de sal em excesso está associado ao aparecimento de hipertensão arterial, inclusive na infância, e consequente aumento no risco de doença cardiovascular, quando adulta. Há diversas opções de ervas e vegetais que podem ser utilizados, como alho, cebola, tomate, pimentão, entre outros ingredientes.

Exemplo 

Mãe de Iolanda, de 3 anos, a jornalista Letícia Murta seguiu essas orientações ao pé da letra. “Até os seis meses, Iolanda só consumiu leite materno. Nem mesmo água ela tomou. Antes de um ano, ela não comeu nada industrializado, com adição de açúcar ou sal. As comidas eram temperadas com ervas e especiarias. Continuei amamentando até ela completar dois anos e, após essa idade, permiti que provasse doces e industrializados, mas ainda hoje esses itens são controlados”, conta.

A preocupação em oferecer uma alimentação de qualidade para Iolanda também foi determinante na hora de escolher a escolinha para a filha. “Lá, eles possuem um quintal enorme, com várias árvores frutíferas, e as crianças têm a oportunidade de colher a fruta, comer do pé, fazer um suco com limão colhido. Eles também oferecem aulas de culinária com alimentos saudáveis e é proibido enviar qualquer produto industrializado”, afirma Letícia.

(Fonte: Agência MInas)

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