(Maurício Vieira)
A taxa de ocupação dos leitos de UTI foi o principal motivo que levou a Prefeitura de Belo Horizonte a não avançar à terceira fase da flexibilização social na capital mineira. Durante toda a semana, o índice de lotação ficou no nível vermelho, sendo que ontem estava em 74%. O número deixou em alerta máximo os integrantes do Comitê de Enfrentamento de Combate à Covid-19 da cidade.
Os outros dois indicadores que determinam se a cidade abre ou fecha durante a pandemia estão amarelos e, por isso, o Executivo decidiu arriscar e manter os estabelecimentos que já estavam autorizados a funcionar de portas abertas. A metrópole só não regrediu nas rígidas medidas de isolamento porque a taxa de transmissão do novo coronavírus caiu de 1,30 para 1,19, e a ocupação dos leitos de enfermaria está em 58%.
Prioridade
Para o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a prioridade é proteger a população da enfermidade que está dizimando milhares de vidas mundo afora. Por isso, vetou a reabertura de lojas de roupas, bares e restaurantes. “Conseguimos uma vitória em não voltar atrás. Vamos manter a cidade como está hoje”, declarou.
Secretário municipal de Saúde, Jackson Machado destacou que a intenção da prefeitura é que a metrópole volte 100% dos serviços, mas isso só vai acontecer quando for seguro para os moradores. “Eu espero que esses números caiam. Estou doido para abrir a cidade”, destacou.
isolamento necessário
Atualmente, a capital tem 3.028 casos confirmados do novo coronavírus, com 66 mortes. Para evitar uma explosão de casos, Kalil destacou que o município se preparou para a guerra. Mas frisou que somente com colaboração dos belo-horizontinos a cidade vai conseguir vencer a luta contra a doença. Ele clamou para que todos mantenham o isolamento social e usem máscaras. “E tem que continuar em casa”, disse.
Na primeira semana da segunda fase da flexibilização, a prefeitura viu a taxa de isolamento social cair de 48,8% para 46%. Além disso, mais 30 mil pessoas se juntaram aos 490 mil passageiros que já estavam usando o transporte público. A circulação de veículos nas ruas também subiu de 218 mil para 228 mil. Tudo isso preocupou o Comitê de Enfrentamento de Combate à Covid-19 na capital.
“Então, diante de tudo isso que foi colocado, diante da compreensão e da linha que nos temos tomado, o comitê, junto com os secretários, decidiu que precisamos de mais tempo para que a gente continue no controle da situação”, frisou o prefeito.
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