Alucinados por tecnologia: conectividade é regra na sociedade high tech

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
21/07/2014 às 07:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:27
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Experimente passar pelo menos três horas do dia desconectado do mundo virtual. Coloque o celular no modo off-line, desligue o tablet e esqueça o computador. Se julgar a missão impossível, ou quase, acenda o alerta: talvez você faça parte do já não tão seleto grupo dos cidadãos high tech. Pessoas extremamente ligadas e até viciadas em tecnologia.

É esse o caso do arquiteto Paulo Augusto Penna, de 25 anos. Na casa dele, no bairro de Lourdes, zona Sul de Belo Horizonte, o que não faltam são indícios de que a tecnologia veio pra ficar. Ligar a TV ou o som, controlar a iluminação dos ambientes e acionar cortinas e ventiladores, há tempos, deixou de ser tarefas simplesmente mecânicas.

Os interruptores, controles remoto e até a ação manual de abrir e fechar as persianas foram substituídos por um comando único, a partir de um só equipamento: o tablet. “A automação resolve certos problemas com muita facilidade, além de eliminar todos aqueles controles e de poupar nosso tempo. Desde moleque sou alucinado por tecnologia, por inovação”, comenta.

No celular dele, sobram aplicativos para agilizar o dia a dia. Programas de acesso a banco, de dicas de restaurante e lugares interessantes para visitar, informações sobre o trânsito e até delivery de comida são alguns. Não avesso ao analógico, Pena conta que criou uma empresa para reinventar o hábito de revelar fotos – a Analogram.

PRATICIDADE

A cantora belo-horizontina Luciana Fossi, de 22 anos, também se rendeu aos encantos da alta tecnologia. Com a agenda lotada de compromissos, a saída foi apelar para as facilidades trazidas pelos smartphones, assim mesmo, no plural.

"Resolvo muito das minhas pendências pelo celular, inclusive coisas bobas como marcar o salão de beleza e até comprar roupas. Os aplicativos hoje são uma mão na roda", comentou durante a entrevista, feita, é claro, pelo Facebook.

Mão na roda também para a dentista Joanna Gonçalves, de 31 anos, que, em seu segundo curso superior, agora de medicina, não dispensa a tecnologia.

Na sala de aula, enquanto os colegas fazem anotações nos cadernos e grifam os livros, ela “resolve a vida” de outro jeito. “Não consigo ver minha vida acadêmica e profissional sem a tecnologia. Uso tablet no lugar de cadernos para fazer anotações e também já não preciso carregar livros pesados ou esperar na fila da biblioteca. O tablet me dá a possibilidade de fazer registros, além de consultas rápidas e de me permitir acesso às informações mais atuais”, destaca.

Em casa, ela também já estuda a possibilidade de controlar a luminosidade dos ambientes, assim como faz com a trilha sonora durante as reuniões familiares e com amigos. “Tudo com bastante limite”, faz questão de frisar.

“Tento ser sempre equilibrada. Eu devo dominar a tecnologia e não o contrário. Claro que há momentos em que provavelmente me excedo, mas não trocarei o mundo real pelo virtual. A tecnologia deve me servir e não me consumir”.
 

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