Aluno de 11 anos entra em surto e esfaqueia colega dentro de escola na região Norte de BH

Anderson Rocha e José Vítor Camilo
21/05/2019 às 11:39.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:45
 (Reprodução/ Google Street View)

(Reprodução/ Google Street View)

Um aluno de 11 anos, em tratamento por distúrbio mental, sofreu um surto na manhã desta terça-feira (21) e agrediu três colegas dentro da sala de aula, na Escola Municipal Josefina Souza Lima, no bairro Primeiro de Maio, na região Norte de Belo Horizonte. O menino enforcou duas meninas e esfaqueou supercialmente uma terceira, também de 11 anos. 

A Polícia Militar (PM) foi acionada até a escola por volta das 9h45 e os militares encontraram o garoto sendo contido por guardas municipais dentro de uma sala de aula, ainda apresentando comportamento agressivo. A professora contou que o estudante estava tranquilo dentro de sala quando, de repente, teve um surto e se armou com uma faca.

Após agredir a colega, o menino foi contido pelas professora e outros colegas, mas chegou a enforcar outras duas garotas, sendo que uma delas, de 13 anos, sofreu um arranhão no pescoço. Ainda conforme a educadora, o aluno já apresentou surto em ocasião anterior na escola, mas, na época, não teria chegado a agredir niguém. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a garota foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada, juntamente com os pais, à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Norte com um corte superficial (sem perfuração) no abdômen. Ela foi atendida e liberada. 

As outras duas meninas foram auxiliadas pela equipe de psicólogas do posto de saúde da regional Norte e tiveram seus pais ou responsáveis comunicados. Segundo a escola, as pré-adolescentes serão acompanhadas pelas profissionais de saúde. 

Garoto ainda não foi diagnosticado

Segundo Letícia de Melo Honório, gerente de Clima Escolar da Smed, o garoto, que levou três facas de cozinha dentro da mochila, não tem histórico de ações semelhantes e está em tratamento médico acompanhado pela instituição há dois meses. Ainda não há diagnóstico definido para o mal que o garoto sofre.

Na rotina semanal de cuidados, ainda segundo a prefeitura, o menino fica internado durante três dias no Centro de Referência em Saúde Mental Infanto-Juvenil (Cersami) e frequentas as aulas na escola nos demais dias, recebendo lá mesmo a medicação. Nesta terça-feira, ele teria sido medicado normalmente antes do surto. 

Segundo Letícia, a Smed e a Secretaria de Saúde trabalham em conjunto sobre o caso do garoto, que nunca havia apresentado descontrole. O retorno do menino à instituição ainda será avaliado. "A educação é um direito. Vão ser avaliados o sofrimento dele e das meninas", explicou Letícia. 

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