Ambulância parada desfalca Samu e terá que ser devolvida

Margarida Hallacoc - Hoje em Dia
27/04/2013 às 07:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:12

VARGINHA – Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviadas para Varginha e Passos, no Sul de Minas, terão que ser devolvidas ao Ministério da Saúde por inoperância. Elas chegaram às cidades há cerca de dois anos, mas sequer foram usadas.

Em Varginha, 16 veículos foram repassados à prefeitura pelo governo federal. A ideia era a de que, no Samu, atendessem a 153 municípios da região.

Para o serviço funcionar, era necessária uma “rede” entre os hospitais da cidade-polo e do entorno. O consórcio intermunicipal foi criado, mas não vingou e acabou destituído, inviabilizando o serviço.

Despreparo

Segundo o chefe do Departamento de Administração da Secretaria Municipal de Saúde, Juraci Gonçalves, com a infraestrutura atual, as unidades de saúde não estão preparadas para dar conta da demanda do Samu.

Por isso, as ambulâncias ficaram no pátio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) desde a entrega. A informação é a de que permaneceram fechadas e nem foram ligadas.

A enfermeira Poliana Pereira, da Superintendência Regional de Saúde, esteve no local. De imediato, deu falta de itens como desfibrilador e colar cervical nos veículos. “São fundamentais em qualquer atendimento”, diz.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a responsabilidade pelo monitoramento das ambulâncias não é da prefeitura. O secretário José Antonio Valério diz que tem interesse em implantar o Samu. Mas afirma que, antes disso, precisa “estruturar melhor” os hospitais do município.

Itens obrigatórios

Em Passos, um inventário feito em janeiro para verificar as condições e a quantidade de materiais na Secretaria Municipal de Saúde surpreendeu a equipe que fazia o levantamento.

“As ambulâncias do Samu estavam sem uso no almoxarifado, e equipamentos de várias delas foram retirados”, diz o secretário Gilberto Lopes Cançado.

Até o estepe

Nem uma das ambulância, por exemplo, tinha estepe. “Faltavam também macas e caixas de ferramentas, que são obrigatórias”, diz. Agora, três dos seis veículos que estão na cidade terão que ser devolvidos.

Funcionários da Secretaria de Estado de Saúde fizeram um relatório sobre o que foi retirado das ambulâncias. Em duas semanas, elas deverão ser levadas para Belo Horizonte.

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