A praga que ameaça os fícus de Belo Horizonte está com os dias contados. Após comprovar a eficiência do óleo de Nim (ou Neem) para combater a mosca-branca, a Prefeitura conseguiu, nesta semana, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para aplicar o inseticida em áreas urbanas.

Até o momento, a permissão para o uso do produto não foi comunicada, oficialmente, à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Mas segundo ata da reunião do Comitê de Assessoramento Técnico (CTA), à qual o Hoje em Dia teve acesso, as instituições foram favoráveis “ao uso emergencial de produtos à base do óleo de Neem (...) no controle da mosca-branca”.

“Estamos, agora, na etapa burocrática. Precisamos providenciar alguns papéis que devem ser apresentados antes de ganharmos o registro temporário do inseticida”, afirma Márcia Mourão, gerente de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Entre os documentos exigidos está um plano de ação que detalhe o cronograma da aplicação do produto.

Fungo

O CTA também autorizou o emprego do fungo Beauveria basiana no combate à praga que atinge os fícus. Segundo agentes da Prefeitura, o pesticida mata as moscas, sem trazer nenhum tipo de dano às árvores.

Em março, a PBH iniciou os testes com o óleo de Nim. Os resultados mostraram que o inseticida inibe o sistema de reprodução da mosca, além de dificultar a alimentação do inseto.

O fungo, por sua vez, transmite uma doença que é letal à praga. Pelo menos 200 fícus de BH já estão infectadas pela mosca-branca.

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