Ao menos 60% dos professores aderem à greve sanitária em BH, estima sindicato

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
26/04/2021 às 18:19.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:46
 (Adão de Souza/PBH)

(Adão de Souza/PBH)

Ao menos 60% dos funcionários e professores das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) da capital mineira aderiram à greve sanitária iniciada nesta segunda-feira (26), dia em que os trabalhadores foram convocados à retornarem às atividades presenciais. A estimativa é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede BH).

Já a Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que a efetiva adesão só poderá ser avaliada ao longo desta semana.

Em nota, o SindRede entidade atribuiu a paralisação aos índices epidemiológicos elevados e os leitos de UTIs superlotados, assim como as enfermarias dos hospitais no país inteiro.

"A escola é um espaço de muito contato e, para que haja um retorno seguro, é preciso ter um controle do índice de contaminação da pandemia. De acordo com o Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte, este índice seria de no máximo 20 novos contaminados para cada 100.000 pessoas, mas hoje o número é de 276 para cada 100.000. Por isso, os trabalhadores em educação da Rede Pública Municipal votaram pela greve sanitária pela vida a partir de 26/4".

A greve sanitária significa que os profissionais vão permanecer em regime remoto de trabalho, mas não vão comparecer presencialmente às escolas, o que pode comprometer o retorno das crianças, marcado para a próxima segunda-feira (3).

Para o sindicato, sem o controle da pandemia e sem a vacinação ampla da população, não é possível um retorno seguro das atividades escpçares presenciais. A entidade também critica os protocolos contra a Covid-19 propostos pela prefeitura.

"As janelas precisam ser ampliadas para que haja mais ventilação; os espaços abertos têm que ser adaptados para o uso das crianças; é preciso haver pias e banheiros suficientes para manter a higiene sem aglomeração; as cantinas devem ser ampliadas, dentre diversas outras medidas que ainda não saíram do papel. Junto a isso, é imprescindível que haja garantia de material de higienização e de proteção individual para estudantes e trabalhadores. Hoje essas condições não existem ou são insuficientes".

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