Ao som do É o Tchan, Ordinários conecta gerações e leva milhares de foliões ao Santa Efigênia

Lucas Buzatti
05/03/2019 às 13:06.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:50
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Difícil encontrar quem tenha vivido a adolescência nos anos 90 e não saiba cantar ou dançar alguma música do É o Tchan. O grupo baiano tanto marcou uma geração que hoje vários blocos carnavalescos o homenageiam pelo país. É o caso do Ordinários, que desfila em BH desde 2014. O cortejo deste ano foi nesta terça-feira (5) e levou milhares de pessoas às ruas do bairro Santa Efigênia, na Zona Leste da capital.

O bloco se concentrou às 10h, no encontro entre a Avenida Brasil e a Rua Padre Rolim, e começou a desfilar por volta das 11h30, em direção à Praça Tiradentes. Entoando clássicos do axé noventista e do pagodão baiano, o Ordinários contou com um minitrio elétrico, uma ala de dança e uma ala inclusiva, dedicada às pessoas com necessidades especiais.

"A gente começou como um bloco de amigos que se denominavam 'ordinários' por causa da expressão do Cumpadre Washington", conta Eliza Santana, uma das fundadoras do bloco, que espera ter reunido cerca de 20 mil foliões. "No começo, a gente saía numa kombi, mas o bloco foi crescendo muito", completa.

Para a organizadora, o É o Tchan é uma banda que conecta gerações. "Aqui, você vê desde gente que curtia o Tchan nos anos 90 como os mais novos, que conheceram há pouco tempo", afirma, ressaltando que o repertório é 80% baseado no grupo baiano, com exceções como Psirico e Parangolé.

A estudante Isabella Garcia, 26, faz coro ao caráter transgeracional do bloco. Pela segunda vez ela levou o filho, Theo, de 6 anos, ao Ordinários. "Ele foi a um bloco infantil e não gostou. Gosta mesmo é do Ordinários", disse.

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