Após caso Baker, Polícia Civil compra equipamento de R$ 1 milhão para análise de bebidas adulteradas

Lucas Sanches
@sanches_07
13/10/2021 às 20:30.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:03
 (Divulgação/PCMG)

(Divulgação/PCMG)

Um novo equipamento de análise pericial de bebidas já está em funcionamento na Polícia Civil de Minas e vai ajudar a identificar possíveis adulterações. O investimento, estimado em cerca de R$ 1 milhão, vem da parceria com o Ministério Público do Estado, por meio do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor.

O analisador foi instalado no Instituto de Criminalística (IC) da PC em Belo Horizonte, e vem sendo utilizado na análise de bebidas apreendidas em todo o Estado. Ele agiliza os processos de perícia e aumenta a precisão e eficiência dos laudos em bebidas, sejam elas alcoólicas ou não.

De acordo com o perito criminal da PC mineira, Pablo Alves Marinho, o equipamento permite identificar, em até um dia, se a bebida é falsificada, adulterada ou se sofreu alguma contaminação. “O equipamento apresenta, com grande precisão, resultados de seis a oito parâmetros da bebida que são fundamentais para a elaboração de um laudo pericial conclusivo. Sem ele, teríamos que fazer a análise de cada parâmetro individualmente, o que poderia demandar vários dias para um parecer final”, explica.

Dentre os parâmetros analisados simultaneamente, estão a concentração alcoólica, densidade, extrato, pH, cor, turbidez e níveis de CO2 e O2. Todos são obtidos automaticamente pelo equipamento, sem necessidade de preparação da amostra, como nos casos de bebidas ainda envasadas.

A perita criminal Renata Fontes Prado Faraco, da Seção Técnica de Física e Química Legal do IC, afirma que a PC de Minas é apenas a segunda do país a contar com o equipamento. A demanda surgiu no "Caso Baker", quando cervejas da marca foram contaminadas por dietilenoglicol.

“Foi inclusive na oportunidade da investigação de cervejas contaminadas com dietilenoglicol no ano passado que a equipe da PCMG precisou ir a Brasília para usar o equipamento da PCDF. Com isso, tivemos a oportunidade de pleitear a aquisição de um aparelho próprio para a PCMG, o que foi possível graças à parceria bem-sucedida com o Ministério Público”, ela conta. 

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