Após polêmica sobre subnotificação, SES pede que mineiros confiem nos dados de combate à Covid-19

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
29/05/2020 às 12:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:38
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

Após polêmica sobre a subnotificação e a baixa testagem de casos da Covid-19 em Minas, o secretário adjunto de Saúde de Minas, Marcelo Cabral, pediu que as pessoas confiem nos dados expostos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em relação ao combate à doença causada pelo novo coronavírus. Segundo ele, os dados são acompanhados diariamente pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES-MG), composto por técnicos, médicos e enfermeiros, grupo instalado em janeiro deste ano para a discussão do tema.

"Justo por isso nós tivemos condição de já tratarmos, estabelecermos dados seguros, transparentes e conseguimos então promover o isolamento, o distanciamento social já lá em março, antes da ocorrência aqui do primeiro caso, para que pudéssemos, então, enfrentar com mais segurança, com mais eficiência, o que temos feito até agora", afirmou.

"É importante que vocês confiem nos dados que passamos a vocês, pois são dados produzidos de maneira científica, de maneira técnica, produzidos todos os dias para o enfrentamento adequado desta pandemia e para que nós possamos manter os índices e conseguir dar para vocês segurança no que se refere à manutenção da vida e da saúde", completou.

Dados de cartórios x dados da SES

Na ocasião, o chefe de gabinete da pasta, João Márcio Silva de Pinho, explicou a discrepância entre os dados de óbitos provocados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em cartórios e aqueles, da mesma doença, relatados pela SES. Pinho confirmou que alguns deles não batem e explicou que o fato é devido à diferença de funcionalidade de cada um dos registros. Segundo ele, os dados dos cartórios são estáticos, enquanto as do sistema de saúde passam por investigação para confirmação das causas das mortes. 

"O dado que vai para o cartório  é estático, a forma que chegou, seja uma suspeita ou uma confirmação, ela vai ficar dessa forma nessa certidão de óbito daquela pessoa para o resto da vida. Ela não é alterada. Diferente do caminho que essa informação passa pelo sistema de saúde", afirmou.

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