Após árvore cair em BH, especialistas reforçam necessidade de manutenção

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
12/10/2016 às 07:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:11
 (FLAVIO TAVARES)

(FLAVIO TAVARES)

A queda de uma árvore de grande porte na região hospitalar de Belo Horizonte lança novo alerta para o risco de ocorrências do tipo na capital. O perigo aumenta principalmente no período chuvoso, que deve se estender até março de 2017.

Como forma de prevenção, a Secretaria de Meio Ambiente de BH (SMMA) informou que foi montada uma força-tarefa com técnicos da pasta municipal, agentes da Defesa Civil e militares do Corpo de Bombeiros. O grupo é responsável por monitorar as espécies nessa temporada de chuva e apontar medidas a serem tomadas, como podas emergenciais. 

Conforme a SMMA, atualmente não há árvores com risco iminente de queda na capital. Apesar da garantia, quem passou ontem pelo cruzamento das avenidas Alfredo Balena e Francisco Sales, no Santa Efigênia, região Leste, levou um susto ao ver uma paineira de 30 metros sobre o asfalto. 

A árvore foi ao chão por volta das 10h30. Tronco e galhos chegaram a atingir um carro e a danificar um semáforo, mas ninguém se feriu. 

Professor do Departamento de Botânica da UFMG, João Renato Stehmann chama a atenção para a forma inadequada de manejo e a falta de manutenção das plantas. 

“A instabilidade das espécies pode ser proveniente de podas inadequadas e abalos na raiz”, afirma. 

O especialista também alerta para o período chuvoso. Segundo ele, árvores que já apresentam algum tipo de avaria podem “piorar com a chegada das chuvas”. 

O coro em torno da necessidade de mais atenção com as espécies é engrossado pelo botânico Eder Paiva, também da UFMG. Segundo ele, a morte das árvores é um fenômeno comum, mas medidas preventivas devem ser tomadas regularmente. Uma delas é a poda, desde que feita de maneira correta.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi finalizada a primeira etapa do inventário das plantas da capital, que durou cerca de quatro anos. Ao todo, foram catalogadas 300 mil plantas.

A pasta informou que foram verificados 57 itens em cada árvore. “Verificamos se estão com algum tipo de praga ou se construções comprometem a estrutura. A manutenção é constante”, disse o gerente de projetos especiais da secretaria de Meio Ambiente, Júlio De Marco.

Morte
Em janeiro de 2011, durante a temporada de chuva, um desastre chocou moradores de Belo Horizonte. Uma mulher morreu na hora depois que uma árvore de grande porte caiu sobre ela em pleno Parque Municipal Américo Renée Gianetti, no Centro da capital.

Veja o vídeo:

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