Os moradores de Pires, distrito de Congonhas, na região Central de Minas Gerais, devem conseguir que a reivindicada passarela sobre a BR-040 seja finalmente construída. Em reunião realizada na quarta-feira (4) entre representantes das principais empresas da região, do Dnit, da comunidade e o prefeito, um acordo foi firmado para que a estrutura seja erguida, com recursos particulares.
Em um custo aproximado de R$ 1,3 milhão, o projeto deve ficar pronto em 45 dias após o início das obras. A Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) prometeu oferecer matéria prima e bancar o detalhamento do projeto. Já a Gerdau Açominas, também vai financiar parte da matéria prima, além de outros materiais. Entre os representantes da Vale, Nacional Minérios (Namisa), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Ferrous, ficou acordado que o custo será dividido após ser quantificado. No dia 7 de outubro, uma nova reunião vai ocorrer para que as partes definam mais detalhes sobre o projeto e, possivelmente, a data do início das obras.
O superintendente do Dnit, Álvaro Campos de Carvalho, ficou satisfeito com a possibilidade de resolução do problema. “Tenho certeza absoluta que teremos a passarela do Pires. O Dnit se propõe a aprovar o projeto na maior agilidade possível”, garante. Já o líder do movimento das paralisações, Eberton Silva, saiu da reunião bastante esperançoso com o andamento das negociações. “Acredito que ela realmente vai ser feita, pois nunca foi dito -para nós- de maneira tão clara como nesta reunião”, disse confiante. O prefeito de Congonhas, José de Freitas Cordeiro, o Zelinho (PSDB), também está otimista com a construção da estrutura. “Tenho um compromisso com os moradores daquela comunidade, é certeza que em breve teremos a tão sonhada passarela”.
Manifestações na rodovia
Há dois anos os moradores de Pires realizaram várias manifestações para que a passarela seja construída no quilômetro 603 da rodovia. No entanto, no mês passado estes ficaram mais recorrentes depois que no dia 3 de agosto um homem morreu atropelado por um carro. "No último atropelamento, um morador do bairro morreu deixando duas crianças pequenas", contou Eberton.
Em alguns dos protestos, os manifestantes bloqueavam o trecho da rodovia por mais de 12 horas. Tanto que, a Polícia Rodoviária Federal chegou a pedir para que os motoristas que não quiserem enfrentar o congestionamento optassem por seguir uma rota alternativa. O desvio era feito pela BR-356, estrada que liga Ouro Branco a Ouro Preto e, pode se feito tanto no sentido Belo Horizonte, quanto no Rio de Janeiro. O trajeto aumenta a distância da viagem em aproximadamente 50 quilômetros.