Após morte de engenheiro, manifestantes pedem mais segurança nas viagens de ônibus

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
16/03/2013 às 12:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:56
 (Renato Cobbuci)

(Renato Cobbuci)

“O sentimento é de quebra de paradigma contra o individualismo. A gente não tem que esperar algo assim acontecer com a gente para se mobilizar”, com a tristeza de quem perdeu um amigo de infância Talles Amorim, de 24 anos, descreveu o sentido do protesto organizado, neste sábado (16), pela http://www.hojeemdia.com.br/minas/engenheiro-leva-tiro-na-cabeca-e-morre-no-colo-da-namorada-1.99478, de 25 anos. O crime ocorreu no último sábado (9).

Vestidas de branco com a camiseta que traz a foto do jovem, cerca de 150 pessoas se reuniram, desde as 10h, na Praça Rio Branco, também conhecida como “praça da rodoviária”, na região central de Belo Horizonte para pedir mais segurança nas viagens de ônibus. João Gabriel morreu com um tiro durante um assalto a um ônibus da Viação Gardênia, no colo da namorada, Athena Chaves Faria. Ele seguia de Poços de Caldas, no Sul de Minas, para Belo Horizonte, para comemorar o aniversário de Athena na capital.

O suspeito de ter matado João Gabriel foi identificado pelos passageiros do ônibus ehttp://www.hojeemdia.com.br/minas/justica-decreta-pris-o-do-suspeito-de-matar-engenheiro-quimico-em-onibus-na-br-381-1.100959, mas ainda não foi localizado. Nessa sexta-feira (15), a Polícia Civil encontrou http://www.hojeemdia.com.br/minas/policia-acha-documentos-de-vitimas-de-assalto-que-terminou-em-morte-de-engenheiro-1.101942 em uma bolsa abandonada em uma represa em Divinópolis, na região Central do Estado.

 

Com cartazes, camisetas e apitos, manifestantes tentaram sensibilizar autoridades para mais segurança (Renato Cobbuci/Hoje em Dia)

Amorim, organizador do protesto, preparou apitos, cartazes e as camisetas para homenagear o amigo. Ele contou que estudou com João no colégio Magnum, no bairro Cidade Nova. “Eu conhecia o João há uns 10 anos. O que a gente quer é que ninguém mais passe pela dor que a gente está passando. Não é só pelo João que estamos aqui, mas para que outras pessoas não passem por isso”, afirmou.

Após a concentração na praça, os manifestantes seguiram para o interior da rodoviária de Belo Horizonte. A intenção é alertar as autoridades para a necessidade de um controle mais rigoroso das pessoas que embarcam nos ônibus de viagens.

O crime

João Gabriel Carmagos, de 25 anos, morreu no último sábado (9), durante um assalto em um ônibus da Viação Gardênia. Ele e a namorada, Athenas Chaves, de 24 anos, saíram de Poços de Caldas, no Sul de Minas, onde estavam morando e trabalhando em uma empresa de mineração. O assaltante anunciou ser de uma facção criminosa de São Paulo e enquanto recolhia os pertences dos passageiros tropeçou no pé do engenheiro químico. Irritado, o homem atirou contra o jovem, quando o ônibus passava perto de Perdões, no Sul de Minas.

O motorista Célio Porcini Ramos, 55 anos, explicou que o bandido ameaçou atirar em outras pessoas se o ônibus não seguisse sem parar até Belo Horizonte. O assaltante alegou que dois homens do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de São Paulo, estava no ônibus, além de um outro grupo que estaria seguindo o veículo. Com isso, o motorista não parou o ônibus e só percebeu o blefe do assaltante quando chegou à capital mineira.

Ele parou no hospital Socor, na avenida do Contorno, mas o jovem havia morrido no colo da namorada e não pode ser socorrido.

 

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