Após nova avaliação em escritório onde mineira foi morta, avião e carro de suspeito serão periciados

Hoje em Dia (*)
05/09/2013 às 13:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:40

O escritório da Alpi Aviation do Brasil, na Itália, onde a mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, trabalhava e que também foi palco da morte dela, passou mais uma vez, por uma perícia nesta quinta-feira (5).   Os trabalhos ocorreram dois dias depois da prisão de Claudio Grigoletto, empresário do ramo da aviação, com quem a brasileira namorava. Ele é o principal suspeito de ter assassinado Marília e, por isso, a aeronave e o carro dele também passarão pela perícia nos próximos dias. A mineira estava grávida de cinco meses.    De acordo com a Agência Italiana de Notícias (Ansa), a equipe da polícia técnico-científica foi até o escritório para tentar capturar vestígios do crime, como marcas de sangue e outras pistas que possam ter sido esquecidas pelo assassino.    A advogada de Grigoletto, Elena Raimondi, acompanhou a operação junto com o promotor Ambroglio Cassiani. O representante da promotoria afirmou que há ainda muito trabalho a ser feito para a conclusão. “Há uma série de perguntas que eu e o chefe de polícia local fizemos à perícia para dar prosseguimento ao caso”, disse Cassiani.    Foto: Empresário é casado e tem duas filhas pequenas, mas mantinha relação extraconjugal com a mineira (Reprodução/Facebook)   Um teste de DNA comprovou, nesta quarta-feira (4), que o filho da mineira era mesmo do empresário, de 32 anos. Segundo a publicação, durante interrogatório, Claudio já havia admitido que engravidou a mineira de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.    Também na quarta, uma chave inglesa com resíduos do tubo de caldeira adulterada que pode ter causado um vazamento de gás que matou Marília foi achada no escritório do suspeito.   Outro indício contra Claudio é uma nota de supermercado que comprova que ele comprou ácido na manhã do dia em que a brasileira foi morta. O registro também foi localizado no meio das coisas do empresário. As autoridades da Itália acreditam que, para simular um suicídio, ele teria tentado fazer Marília ingerir a substância.    Após horas sendo interrogado na quarta-feira (4), Grigoletto teve a prisão preventiva decretada.    O caso     O corpo da mineira foi encontrado, na sexta-feira (30), dentro do escritório da Aviação dell'Alpi do Brasil, empresa de compra e venda de ultralaves, na cidade de Gambara.   Ela trabalhava no local e o cadáver foi localizado por James Conzadori, chefe de Marília. Conzadori tinha ido ao escritório para levar alguns documentos e se deparou com a funcionária caída no chão.   "Eu vi uma figura no chão, dois braços estendidos. A cabeça coberta de sangue. Eu estava com medo e eu fechei (a porta) mais uma vez", disse Conzadori à imprensa de Gamabara. Ele saiu e chamou a polícia. "Quando chegamos, imediatamente fechei o medidor de gás." De acordo com vizinhos, desde a noite de quinta-feira um forte cheiro de gás exalava do escritório.   Por meio da posição do corpo, das feridas na testa e outros detalhes, peritos confirmaram o homicídio e descartaram uma das hipóteses de que Marília tivesse caído depois de ser acidentalmente intoxicada por um gás que escapava da caldeira de tubo do escritório.   Os investigadores acreditam que o gás metano foi liberado propositalmente para encobrir o assassinato. A caldeira foi recolhida pelas autoridades locais que também encontraram na cena do crime, um frasco de ácido.   (*) Com informações da Ansa. 

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