Será reaberta nesta terça-feira (6) a Casa dos Répteis do Zoológico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH). Assim, espécies de grande porte serão levadas para quatro novos espaços. O local passava por reformas desde agosto deste ano. 

As mudanças tiveram o objetivo de melhorar o ambiente para os animais e torná-lo mais atrativos para os visitantes. Agora, os recintos têm dimensões superiores às exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), possuem um grande tanque de água, ampla área de solário, cobertura, tocas para abrigo e piso aquecido. Duas pítons-reticuladas, uma píton-birmanesa, uma sucuri-amarela e um lagarto monitor-do-nilo serão levados para os novos locais.

De acordo com o responsável pela Seção de Répteis, o biólogo Luís Eduardo Coura Rocha, os recintos estão mais adequados sanitariamente (com a colocação de materiais inertes como plantas artificiais e substrato de pneu reciclado) e biologicamente (construção de mais abrigos, instalação de pontos de escalada e maximização de área para explorarem dentro dos recintos). “Tudo foi pensado para proporcionar o máximo de bem estar aos animais e de segurança nas rotinas de trabalho", disse.

Além disso, a reforma melhorou também as condições gerais do ambiente, em decorrência da troca de troncos de árvores e substratos e da inserção de novos elementos, como pedras moldadas nas paredes, que proporcionam abrigo e locais para os animais escalarem. Na área de visitação, vidros foram trocados, paredes recuperadas e uma nova iluminação foi instalada, utilizando lâmpadas de LED. 

 
Curiosidades sobre as espécies 

• Monitor-do-nilo (Varanus niloticus): Um dos maiores lagartos da África, pode chegar a 1,80m de comprimento. Possui garras afiadas e fortes membros anteriores e posteriores. Excelente nadador, usa a cauda como remo. Vive em habitats como savanas, áreas de floresta e pântanos. É onívoro e se alimenta de peixes, anfíbios, répteis, roedores, ovos e carcaças. Reprodução - A fêmea deposita de 20 a 60 ovos em buracos cavados na terra ou no interior de cupinzeiros no final da estação chuvosa. A incubação dura de 6 a 9 meses.
 
• Píton-birmanesa (Piton molurus bivitattus): Serpente não peçonhenta, que está entre as maiores do planeta, podendo atingir 7 metros. Habita florestas e campos alagados do sudeste da Ásia. É arborícola quando jovem, tornando-se terrícola quando adulta. É excelente nadadora, podendo permanecer submersa por até 30 minutos. É um animal carnívoro e se alimenta de mamíferos e aves. Reprodução - O macho e a fêmea são vistos juntos apenas na primavera, quando ocorre o acasalamento. Entre dois e três meses após o acasalamento, as fêmeas colocam até 100 ovos, que são incubados por cerca de três meses.
 
• Píton-reticulada (Python reticulatus): Maior serpente do mundo, chegando a 9 metros de comprimento e 160 quilos - perde em peso para a sucuri. Não peçonhenta, vive em florestas, bosques e pastagens próximas, além de ambientes aquáticos. É excelente nadadora. Vive aproximadamente 25 anos em cativeiro. É carnívora e se alimenta de mamíferos e aves. Reprodução - Solitários, as serpentes são geralmente vistas juntas durante o acasalamento, entre setembro e março. As fêmeas colocam até 80 ovos, que são incubados por um período de dois a três meses.
 
• Sucuri-amarela (Eunectes notaeus): Não peçonhenta, possui hábitos semiaquáticos, podendo ficar submersa por até dez minutos. Possui forte musculatura constritora, que utiliza para agarrar sua presa. É considerada inofensiva, mas se defende quando ameaçada. Seu comprimento varia de 3 metros a 4 metros e vive de 20 a 30 anos. É carnívora. Reprodução - Vivípara. Vários machos são atraídos pela fêmea e competem para acasalar. Geralmente, o maior vence. Após uma gestação de 6 meses, cerca de 80 filhotes nascem totalmente formados. A reprodução ocorre a cada dois anos.
 
• Lagartixa-leopardo (Eublepharis macularius): Lagarto terrestre que mede aproximadamente 20 centímetros. Possui hábito crepuscular, ficando em tocas durante o dia e tornando-se ativo ao amanhecer e entardecer, quando a temperatura é mais favorável. Alimenta-se de insetos. Reprodução - Ovípara. As fêmeas botam geralmente dois ovos por postura. A incubação demora aproximadamente 60 dias.
 

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