Apenas 10% das escolas municipais não reabriram devido à greve sanitária em BH, afirma prefeitura

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
03/05/2021 às 20:54.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:50
 (Divulgação/PBH)

(Divulgação/PBH)

Pouco mais de 10% das escolas municipais de Belo Horizonte não retomaram as atividades presenciais para crianças de até 5 anos nesta segunda-feira (3), segundo a Secretaria de Educação (Smed), em razão da greve da categoria. Além disso, ainda conforme a PBH, cerca de 32% dos professores aderiram à paralisação do setor e não compareceram às unidades de ensino.

De acordo com a prefeitura, a retomada - primeira que ocorre desde o início da pandemia, em março de 2020 - foi acompanhada e mapeada pela Smed em todas as escolas da rede. "Do total de unidades municipais, pouco mais 10% não funcionaram hoje em razão de greve", informou a PBH, em nota, sem repassar os dados exatos.

Já em relação à adesão das famílias - ou seja, às mães, pais e responsáveis que efetivamente levaram os filhos para as escolas nesta segunda - a administração municipou afirmou que "os dados serão consolidados ao longo dessa semana, considerando que o retorno está se dando de forma gradativa".

Conforme a PBH, os pais que quiserem saber se a unidade escolar do filho está em funcionamento devem entrar em contato com as escolas.

Adesão à greve

Conforme a apuração da prefeitura, aproximadamente 32% dos docentes aderiram à greve sanitária. "Os demais seguem desenvolvendo suas atividades nas escolas municipais".

O protesto sanitário foi deflagrado em 20 de abril pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) e mantido, após nova votação, na sexta-feira (30), pelos docentes. Nesse mesmo dia, a entidade representativa informou que a adesão à greve contava com a adesão de 70% dos profissionais. 

Nesta segunda, segundo o sindicato, trabalhadores terceirizados se uniram à greve sanitária e realizaram um dia de paralisação geral, em frente à sede da prefeitura, na avenida Afonso Pena, no Centro da capital. De acordo com a entidade, foram levantadas faixas sobre a greve e o ato contou com poucos representantes da categoria para garantir a segurança sanitária.

"A categoria, que já vem sendo convocada ao trabalho presencial desde o ano passado, reivindica a ampliação da vacinação na cidade, priorizando todos os trabalhadores da Educação, que denunciam que não estão recebendo Equipamentos de Proteção Adequados e que trabalhadores do grupo de risco, inclusive gestantes, permanecem sendo convocados ao trabalho", informou o Sind-Rede, em nota.

Devido às restrições sanitárias, conforme a entidade, o ato aconteceu "com poucos representantes da categoria, respeitando o distanciamento social e com disponibilização de álcool em gel, para preservar a segurança de todos os participantes". Nesta terça-feira (4), o grupo tem programada uma reunião, às 9h,e um ato em defesa da vida, às 17h.

Respostas

Em relação à suposta convocação de profissionais do grupo de risco, a PBH informou, em nota, que "está garantido que gestantes, maiores de 60 anos e aqueles portadores de comorbidades com laudo atestado pela perícia médica não estarão em trabalho presencial, mas permanecerão em regime de teletrabalho, inclusive podendo permanecer na interação virtual com as crianças e suas famílias".

Também esclareceu que os equipamentos de proteção estarão acessíveis a todos os servidores, sendo eles: para uso do professor: protetor facial (face shield), máscara, luvas e borrifador; para o uso de funcionários: protetor facial, máscaras, toucas e avental descartável (auxiliar de apoio ao educando); e para o uso geral: borrifador, termômetro, pano multiuso, garrafinha sqeeze e máscaras.

Além disso, para adaptação/complementação da escola, há bebedouros adaptados, lixeiras com pedais, papeleiras de papel-toalha, filtro com galão para uso em sala, tampas de vaso, dispensador com álcool em gel, dispensador com sabonete líquido e tapete sanitizante.

Sobre a vacinação para os trabalhadores em Educação, a prefeitura informou que segue as orientações do Ministério da Saúde e que não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pela pasta.

"É imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues para a ampliação dos grupos definidos para a imunização. A Secretaria Municipal de Saúde reafirma a disponibilidade de pessoal e todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo de vacinação", declarou.

O Hoje em Dia também entrou em contato com o Sind-Rede para obter um balanço sobre o primeiro dia, mas não recebeu retorno.

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