Aperto nas passarelas do metrô de BH

Raquel Ramos - Hoje em Dia
23/11/2013 às 09:03.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:19
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

Às 7 horas, uma extensa fila de carros parados já está formada nas proximidades do Complexo da Lagoinha, na avenida Antônio Carlos, um dos principais corredores de Belo Horizonte. Pouca gente repara, mas um “engarrafamento” de pedestres também existe logo acima deles: uma multidão se espreme nas passarelas que fazem a ligação com o metrô da Lagoinha.

“Já cansei de ver pessoas caindo, empurradas por outras que estão com pressa”, conta Maria Luzia Alves, que há mais de um ano vende jornais na saída da estação da Rodoviária. A passarela aparenta ser larga, afirma. Mas fica estreita nos horários de pico pela enorme quantidade de pedestres que a utilizam diariamente.

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a linha Eldorado/Vilarinho atende cerca de 230 mil usuários todos os dias. Número que pode quadruplicar com a possibilidade de ampliar a linha até o Barreiro e a Savassi.

Sem projetos

Mas ao contrário do que ocorre nas grandes avenidas, que são alvo de melhorias para que se adequem ao aumento da frota da cidade, ainda não há projetos de alargamento ou qualquer tipo de intervenção nas passarelas. Ao contrário, CBTU e prefeitura se esquivam da responsabilidade pelas mesmas, em um jogo de empurra-empurra.

Em nota, a companhia informou que “as passarelas implantadas para transposição do sistema do metrô são consideradas vias públicas de circulação” e, portanto, caberia ao poder executivo planos de reforma. A assessoria da prefeitura, por sua vez, informou que as passarelas são uma extensão do metrô. E que apenas a CBTU conhece o fluxo de passageiros diários para dimensionar qual o largura ideal de cada corredor.

Enquanto não há definição de quem seria a responsabilidade por uma reforma ou manutenção, as pessoas continuam se amontoando, expostas a riscos que só conhece quem passa pelo local todo dia. “A passarela da estação Santa Efigênia (na região Leste) é muito estreita. Em alguns horários, está tão lotada que chega a ficar perigosa por causa do risco de quedas”, critica Vanessa Simões.

Embora tenha maior capacidade para circulação de pessoas, os problemas são semelhantes aos observados por Fernanda Araujo na estação Carlos Prates (Noroeste). “Pela manhã, se forma uma fila de pessoas tentando passar de um lado para o outro. Se hoje a situação está assim, pode piorar no futuro com uma possível ampliação do metrô”, opina.
 
Expectativa pelas obras de ampliação
 
As promessas de ampliação do metrô, que se arrastam há décadas, podem finalmente sair do papel em 2014. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, os projetos de engenharia das linhas 1, 2 e 3 devem ser concluídos até o fim de dezembro. Em seguida, será possível lançar a Parceria Público-Privada para início das obras de modernização. Dos projetos à conclusão da ampliação, mais de R$ 400 milhões devem ser investidos na obra.
 

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