Apesar de tarifa reduzida, manifestantes mantêm ocupação da Câmara de BH

Paulo Peixoto - Folhapress
06/07/2013 às 16:26.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:49

Nem a redução de R$ 0,15 no preço da tarifa de ônibus e nem o frio de 10º C da madrugada fizeram os cerca de 200 manifestantes desistirem da ideia de manter a ocupação da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que completa neste sábado (6) sete dias.    A Assembleia Popular Horizontal - nome dado pelos manifestantes pelo fato do movimento reunir diferentes entidades sociais e estudantis - exige que a Prefeitura de BH abra os contratos e as planilhas de custo do transporte coletivo urbano, que eles definem como uma "caixa preta".   No começo da manhã, enquanto muitos manifestantes ainda dormiam nas barracas armadas no jardim em frente à Câmara Municipal e outros dentro do saguão de entrada do prédio, um pequeno grupo distribuía panfletos aos carros que passavam pela rua, explicando o motivo da ocupação e dizendo que a assembleia é aberta a todos.   Os manifestantes alegam que o prefeito Marcio Lacerda e os vereadores "escondem" as contas das empresas de ônibus. Lacerda nega. Ele vem dizendo que uma auditoria está em curso e que após o mês de setembro os números serão conhecidos.    Na sexta-feira (5), o prefeito anunciou a redução da passagem de R$ 2,80 para R$ 2,65, retornando ao valor de dezembro passado. Os manifestantes, porém querem mais R$ 0,05 -possibilidade que o próprio prefeito havia aventado. Eles dizem que a redução maior é possível se o lucro das empresas for reduzido.    Os manifestantes pedem também o passe livre para estudantes e desempregados. Lacerda propôs criar uma tarifa social, com passageiros cadastrados, de forma que uma parcela da população possa ser beneficiada com um "desconto considerável".    Não só a questão da tarifa de ônibus tem tomado conta dos debates dos manifestantes, que fazem muitas assembleias na ocupação.    Nesta manhã, por exemplo, duas candidatas à Prefeitura de BH do PSTU e PSOL no ano passado, Vanessa Portugal e Maria da Consolação, respectivamente, participaram do debate sobre educação na ocupação. Movimentos dos sem-teto também tentam fazer valer a pauta deles. Outro tema dos debates é a reforma política.

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