RESPLENDOR – Projeto inédito de produção de mel em nove municípios do Vale do Rio Doce, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, ajuda a preservar nascentes e a recuperar a Mata Atlântica em uma das regiões mais degradadas do Estado. Menos de dois anos depois do início do programa, que envolve 90 famílias de baixa renda, cerca de 100 hectares de áreas degradadas começam a receber cobertura verde.

Proteção

Desde a implantação do programa, batizado de “Fortalecimento da Apicultura no Território Rio Doce/Krenak”, financiado pela Petrobras e gerenciado pela ONG Rede Vidas, com sede em Itueta, distante 400 quilômetros de Belo Horizonte, 90 nascentes passaram a ser protegidas por apicultores que participam do projeto.

Há previsão de que, em um ano, córregos e ribeirões abastecidos pelas nascentes e integrantes da Bacia do Rio Doce possam apresentar melhora na quantidade e qualidade da água. É uma contrapartida que o programa exige. As famílias beneficiadas precisam apadrinhar uma nascente para continuar recebendo as orientações técnicas sobre apicultura.

“Os apicultores ganharam madeiras para cercamento das áreas e o processo de recuperação é acompanhado periodicamente”, disse o engenheiro agrônomo da ONG Rede Vidas, Girley Batista Santana.

Parcerias

Por meio de uma parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), os apicultores vão receber, até o fim do ano, cerca de 11 mil mudas de árvores nativas para ajudar a proteger as nascentes e estimular a produção de mel.“Os produtores, agora, sabem que, quanto mais árvores tiverem nas propriedades, maior será a florada. Isso significa lucro na época da colheita do mel e melhora na cobertura verde da região. A polinização feita pelas abelhas também ajuda no reflorestamento”, comentou o engenheiro agrônomo.

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