Aprendizado que vem das telas: filmes são opções de distração e estudo para o Enem

Marília Mesquita
02/10/2019 às 20:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:02
 (MAURÍCIO VIEIRA)

(MAURÍCIO VIEIRA)

Aliar diversão com aprendizado. Os filmes também são opções para instigar a reflexão e adquirir conhecimento. Não é à toa que assistir a uma produção cinematográfica com temas históricos, culturais ou sociais pode ser, desde que com cautela, uma mão na roda na hora de se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – principalmente faltando cerca de um mês para a aplicação das provas.

Dentre as abordagens, destacam-se os conflitos geográficos, reconstruções históricas de períodos políticos, uso de tecnologias, questões climáticas, racismo e homossexualidade. Especialistas afirmam que os vídeos desenvolvem a argumentação e aumentam o repertório do aluno. O reforço nos estudos é possível, segundo a professora de Redação Mayumme Bonilha, do Pré-Enem das Faculdades Promove, por conta da articulação entre vários eixos temáticos.

"Estudantes estão em formação da consciência crítica, apropriação de valores e construção de conhecimento. Por isso, filmes, além da função de entreter, também podem trazer boas lições e reflexões sobre temas cotidianos, como imigração, racismo e valorização do professor que, inclusive, já foram cobrados no Enem. As produções são capazes de auxiliar na construção de repertório cultural, ao apresentarem conceitos, termos técnicos e personalidades que podem ser usados de referência na prova" (Caê Lavor, gerente-executivo de Avaliações e Conteúdo Digital do SAS Educação)

Método eficaz

Atenta às indicações em sala de aula e em constante busca por estratégias para fixar acontecimentos históricos, Niqueli Corrêa, de 17 anos, considera essa alternativa mais uma forma de se preparar para o Enem. “É um método eficaz. Foi assistindo a série ‘A Segunda Guerra em Cores’ que entendi a perseguição contra os judeus”, conta.

Matriculada no Pré-Enem Promove e com o objetivo de alcançar boa classificação no vestibular de Medicina, a adolescente explica que, com uma jornada dupla de estudos, que ultrapassa oito horas diárias, assistir aos vídeos é uma forma leve de aprender. “A mente cansa ao ficar debruçada sobre os cadernos. Com os filmes, aprendo enquanto distraio”.

Cautela

No entanto, o conteúdo é complementar e não deve substituir a teoria apresentada pelos docentes e encontrada nos livros. Para o diretor pedagógico do Curso Popular Equalizar, da UFMG, Emerson Gonçalves, é preciso cautela.

Estudar o assunto abordado antes de ver o filme e tirar dúvidas sobre as reflexões levantadas ajudam. “Tem que ter equilíbrio para discernir a realidade da ficção. Duvide de romantismo em excesso”, frisa.Editoria de Arte

  

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