Apuração de supostos estupros no colégio Magnum chega à 'fase final', diz Polícia Civil

José Vítor Camilo
14/10/2019 às 16:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:13
 (Juliana Baeta)

(Juliana Baeta)

Entrou na reta final a investigação da Polícia Civil (PC) sobre os supostos abusos sexuais contra crianças no colégio Magnum, na unidade do bairro Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (14), o estagiário de educação física que é suspeito dos crimes prestou esclarecimentos à delegada responsável pelos levantamentos, o que estava previsto para acontecer somente após todas as demais testemunhas serem ouvidas. 

Conforme a nota da PC, até agora, já prestaram depoimentos 41 pessoas, entre familiares, funcionários da escola e o próprio suspeito. O conteúdo do depoimento do jovem de 22 anos que é suspeito de estuprar crianças não será divulgado pela instituição "em cumprimento ao que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)". Juliana Baeta 
Caso é investigado há 10 dias pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente

"Os trabalhos começaram no último dia 4, quando a instituição tomou ciência da possibilidade de ocorrência do crime em escola. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do suspeito na semana passada e um celular foi apreendido. O aparelho ainda é periciado", completa o texto divulgado pela polícia. 

Por fim, a PC garantiu que os trabalhos são realizados com todo rigor e eficácia visando que os fatos sejam esclarecidos o mais brevemente possível. "Outros detalhes, somente na conclusão do inquérito", finaliza o comunicado. 

As denúncias

As investigações começaram no dia 4 de outubro, após a denúncia da primeira mãe. Ela procurou a polícia e contou “que seu filho, de 3 anos, ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho”. Ela disse também que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito. Ainda de acordo com a mãe, o aluno "foi forçado a tocar no pênis do autor e o autor tocou no pênis da vítima”. De acordo com a Polícia Militar, a mãe voltou a questionar a criança, que, por sua vez, fez gestos indicando que teria feito sexo oral com o rapaz. 

O segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas com as denunciadas anteriormente. Este relato veio à tona durante reunião entre pais de alunos e representantes da escola. Na ocasião, o pai relatou que o filho também apresentou indícios de ter sido abusado pelo auxiliar de educação física. 

Na última quarta-feira (9), a Polícia Civil recebeu mais uma denúncia de supostos abusos sexuais que teriam ocorrido dentro do colégio Magnum. Desta vez, além do estagiário de educação física, um professor também foi citado. 

Na quinta-feira (10), a Polícia Civil apreendeu um aparelho celular durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Já na sexta-feira (11), ele participou de manifestação de apoio a ele em frente à entrada do Magnum, onde foi recebido com abraços por pais e estudantes.

Por meio de nota, o colégio Magnum informou que permanece centrado "no apoio psicológico e jurídico a todos os envolvidos, reafirmando nossa crença na verdade, no princípio da Justiça e à disposição das autoridades competentes para que a verdade seja revelada". 

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