Apuração da PM aponta abuso de militares contra policial civil em Teófilo Otoni

Aline Louise - Hoje em Dia
14/05/2015 às 17:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:01
 (Ricardo Bastos / Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos / Hoje em Dia)

As investigações da Polícia Civil de Teófilo Otoni, no vale do Mucuri, sobre uma possível agressão que o investigar Eder Lauar teria sofrido, no último domingo (10), por parte de policiais militares, apontam que houve abuso dos PMs na abordagem ao policial civil.    Segundo o delegado responsável pelo caso, Washington Souza Filho, além da vítima, já foram ouvidas testemunhas e dois policiais militares, porém, nenhum dos relacionados na ocorrência. “Requisitamos que os seis agentes envolvidos fossem apresentados, o que ainda não ocorreu”, detalha.    De acordo com o investigador Eder Lauar, que trabalha em Belo Horizonte, ele estava em Teófilo Otoni visitando parentes, quando chegava na casa de um tio foi abordado por dois policiais, em uma viatura, que questionaram se ele estava armado. Ele, respondeu, “calmamente” que sim, porque era policial. Ainda assim, teria sido agredido pelos militares. “Eles cometeram tentativa de homicídio, cárcere, lesão corporal, dentre outros crimes", afirma a vítima.    O delegado Washington Souza Filho diz que em cerca de duas semanas o processo deve ser concluído e encaminhado à justiça. “A tendência é de concluirmos que houve abuso por parte da PM, contrariando a resolução da Secretaria de Defesa Social, de junho do ano passado, que estabelece normas para abordagem de componentes de outra corporação policial. Eles provavelmente incorreram em alguns crimes, como abuso de autoridade, invasão de domicilio e lesão corporal”, detalha.    Ainda segundo o delegado, os policiais envolvidos, a princípio seriam seis, podem receber sanções na esfera penal, com possibilidade de prisão, e na esfera civil, por improbidade administrativa, o que pode levar a demissão do cargo.    A nossa reportagem entrou em contato com o comando da Polícia Militar, em Teófilo Otoni, mas, segundo a assessoria de imprensa, o Coronel Aroldo Pinheiro de Araújo só deve se posicionar sobre o caso em coletiva de imprensa na semana que vem. 

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