Arrastões e furtos: crimes na bagagem dos gringos em BH

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
19/06/2014 às 09:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:04
 (EUGENIO MORAES)

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A capital mineira virou parada obrigatória para milhares de estrangeiros, que vieram acompanhar os jogos da Copa do Mundo. Para garantir a segurança de todos, um imenso aparato de segurança foi montado. Curiosamente, até essa quarta-feira (18), a Polícia Militar não havia registrado nenhum crime contra turistas internacionais que desembarcaram na cidade para curtir a competição. Em contrapartida, em apenas uma semana de evento, 28 “gringos” foram detidos praticando crimes.   O estrangeiro preso por prática criminosa em BH está sujeito aos mesmos trâmites previstos na legislação brasileira. “O turista é bem-vindo e muito bem-recebido, mas deve se submeter às leis daqui. Quando ele viola a legislação, recebe voz de prisão e depois tem o caso analisado pela Polícia Federal e Ministério da Justiça”, explica o chefe da sala de imprensa da PM, major Gilmar Luciano dos Santos.    Em casos de crime de menor potencial ofensivo, como furto, o suspeito responde ao processo em liberdade.    FACAS E ESTILETE   Somente nessa quarta, um grupo de 18 colombianos (17 homens e uma mulher) foi preso por suspeita de fazer um arrastão no Centro de Belo Horizonte. De acordo com a PM, armados com duas facas, um estilete e uma tesoura, eles teriam roubado quatro pessoas.   Os crimes ocorreram no entorno da rodoviária, onde os colombianos estavam hospedados. Pertences das vítimas, como celular e relógio, foram recuperados. Três dos suspeitos eram reincidentes, uma vez que se envolveram em outro roubo. Até as 19h dessa quarta, todos ainda prestavam depoimento.   Outros dez estrangeiros já haviam sido flagrados por crimes considerados de menor potencial na capital mineira. No último sábado, dia do primeiro jogo da Copa em Belo Horizonte, cinco peruanos foram presos por furto de ingressos e documentos, nas imediações do Mineirão. Na última terça-feira, data do jogo entre Bélgica e Argélia, no Mineirão, mais turistas internacionais foram detidos: dois colombianos e três franceses, que estariam vendendo ingressos para o jogo de forma ilegal.   “Não tratamos o número de presos como algo esperado nem como algo assustador. Cada caso é um caso e a PM atua pontualmente. Não podemos criar preconceito em cima dos turistas”, avalia o major Gilmar.   O juizado do torcedor, que funciona no Mineirão para ocorrências dentro do estádio, ainda não registrou nenhuma demanda. O número de casos atendidos no juizado especial que funciona no aeroporto de Confins não foi informado. A Polícia Federal também não se posicionou sobre a eventual deportação de algum estrangeiro.

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