Assistentes sociais são convocados para ajudar na desocupação

Hoje em Dia
18/08/2014 às 22:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:50
 (LUIZ COSTA/ JORNAL HOJE  EM DIA)

(LUIZ COSTA/ JORNAL HOJE EM DIA)

Cerca de 120 assistentes sociais foram convocados para atuar na reintegração de posse do terreno da Granja Werneck, na região Isidoro, no Norte de Belo Horizonte. A informação foi confirmada na noite desta segunda-feira (18) pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar. De acordo com ele, os servidores, porém, não foram preparados para a ação e pede esclarecimentos à Prefeitura de BH.    “Há uma insegurança por parte dos assistentes sociais porque foram chamados sem uma discussão prévia”, disse Arimar. O presidente do Sindibel afirmou que nesta terça-feira (19) a categoria vai pedir uma reunião com a Secretaria Municipal de Políticas Sociais e com a Adjunta de Assistência Social com o objetivo de esclarecer o papel dos profissionais na desocupação das mais de 8 mil pessoas que moram no local.   “Dizem que os locais para onde o pessoal seria levado têm apenas cerca de 100 colchões. Então, queremos saber quais são as condições que serão dadas pela prefeitura aos moradores. Os servidores devem convencer as famílias a voltarem para o seu local de origem ou a prefeitura de fato tem um plano a ser executado por meio dos assistentes sociais? Vai ter de fato um amparo social ou a inclusão dos assistentes sociais na operação é apenas uma mera formalidade?”, disse o presidente da Sindibel. Segundo Arimar, essas e outras questões serão colocadas em um documento a ser enviado para a prefeitura também nesta terça-feira.   Arimar afirmou que caso a prefeitura não ofereça as “condições necessárias” para que a desocupação seja feita, os assistentes sociais irão se recusar a participar da operação. “A princípio, devemos fazer uma manifestação dependendo do que a prefeitura responder formalmente. O sindicato vai tentar também entrar com os questionamentos judicialmente. Não é porque os assistentes sociais são funcionários que devem atuar dessa forma. Existe padrões éticos que devemos seguir”, declarou Arimar.    A Prefeitura de Belo Horizonte foi procurada para responder as questões levantadas pelo Sindibel, mas, devido ao horário, ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

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