Atriz Cláudia Rodrigues participa de campanha sobre esclerose múltipla em BH

Renata Galdino - Hoje em Dia
30/08/2015 às 10:59.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:33
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Uma doença que acomete pessoas entre 20 e 40 anos, principalmente mulheres, e repleta de preconceitos. Para informar a população sobre a esclerose múltipla, a Associação Brasileira de Neurologia (ABN) realiza neste domingo (30), uma campanha nacional sobre a doença. Em Belo Horizonte, a ação acontece até as 13 horas na Praça JK, na avenida Bandeirantes, zona Sul da capital mineira. A atriz Cláudia Rodrigues, que descobriu a doença em 2000, participa do evento.

No Brasil, estima-se que, a cada 100 mil habitantes, 18 pessoas sejam portadoras de esclerose múltipla. "Ela é caracterizada por várias inflamações em partes do cérebro e da medula, que depois se tornam cicatrizes. Há muita ideia errada sobre a esclerose múltipla, que, na verdade, trata-se de inflamações que viraram várias cicatrizes", explicou a coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia da ABN, Elizabeth Regina Comunidade Frota.

O sexo feminino é o mais acometido. Há três mulheres para cada homem doente. "Geralmente, elas são mais propensas a terem doenças autoimunes", afirmou a especialista.

Ainda não se sabe o que, de fato, causa a esclerose múltipla, mas há evidências de que ela estaria relacionada à falta de vitamina D no organismo e predisposições genéticas. De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, Rosamaria Peixoto Guimarães, a doença é bem comum em países de clima frio.

A médica chama a atenção para a necessidade de os pacientes diagnosticados darem continuidade ao tratamento iniciado. Por ser uma doença crônica, sem cura, muitos abandonam o tratamento. " os medicamentos são administrados via oral. As pessoas vão em busca de tratamento milagroso, mas ele não existe", alertou Rosamaria.

Após descobrir que tinha esclerose múltipla, há 15 anos, a comediante Cláudia Rodrigues continuou as atividades normalmente. "A única coisa que perguntei ao médico era se eu poderia ser mãe. Dois anos depois dei à luz", contou.

Porém, em 2010, quando iria gravar uma nova temporada do seriado "A diarista", a atriz começou a ter problemas de memória e o trabalho foi cancelado. "Tenho um tipo de esclerose múltipla branda. Cada uma é de um tipo. A fadiga, a vontade de não fazer nada é comum a todos os portadores. Mas temos que lutar contra isso", disse.

A atriz alerta para a necessidade de as pessoas procurarem um neurologista ao sentir sintomas que indiquem a esclerose múltipla. "Quando eu descobri, li tudo o que podia e não podia no doutor Google. O ideal é ir direto no seu médico ou procurar um bom neurologista para ter o diagnóstico e orientação corretos".

Madrinha da campanha, Cláudia Rodrigues afirma que a fé em Deus é o que a faz prosseguir na luta contra a doença. "Deus cura tudo", frisou.

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