Aumento da depressão exige cada vez mais profissionais da área da Psicologia

Da Redação
26/08/2019 às 19:53.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:10
 (Pixabay)

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Os casos de depressão no Brasil mostram porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como “crise global” o quadro atual da doença. Por aqui, 11% dos idosos de 60 a 64 anos são diagnosticados com esse mal. O dado é da última pesquisa divulgada pelo governo federal.

Nesse contexto, o psicólogo tem ainda mais importância na atenção primária, considerada a “porta de entrada” do paciente no sistema de saúde. Esse profissional, cujo dia é comemorado nesta terça-feira (27), tem a capacidade de identificar o problema e encaminhar o usuário para que tenha assistência adequada.

Para isso, a formação é essencial. Por conta da alta demanda por esses serviços, a Psicologia está entre as dez graduações mais procuradas no país, segundo o Censo da Educação Superior mais recente, referente a 2017.

O conhecimento adquirido na faculdade pode ser aplicado em hospitais, clínicas e consultórios ou até mesmo em empresas, não somente para detectar enfermidades mentais, mas também para promover melhoria na qualidade de vida e no acompanhamento a pessoas de todas as idades.

“O psicólogo tem conquistado um status fundamental na sociedade. A depressão é o mal do século e impacta a produtividade, a qualidade de vida e autoestima de quem a tem. Por isso, esses doentes se interessam tanto pelo atendimento de um especialista”, diz a professora Maria Rita Britto Tupinambá, coordenadora do curso de Psicologia das Faculdades Promove, em Belo Horizonte.

Média salarial do psicólogo é de R$ 2,4 mil, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

Pesquisas

O professor Renato Bortoloti, da UFMG, afirma que o campo tem ganhado também espaço nas pesquisas governamentais, principalmente para entender ou resolver fenômenos que antes se associavam apenas a áreas que as pessoas afirmavam estar ligadas a problemas conjunturais.

“Temos, por exemplo, profissionais que fazem estudos sobre comportamentos de violência doméstica, atendimento a vítimas de crimes, escuta de jovens em escolas com problemas de aprendizado. Hoje, a ciência está aliada a diversos problemas que, durante muito tempo, acreditou-se que não havia relação com o pathos (essência) do indivíduo”, comentou.

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