Autorização para testagem humana da vacina contra Covid será feita à Anvisa neste mês, diz UFMG

Da Redação
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23/07/2021 às 15:41.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:29
 (Reprodução/ TV UFMG)

(Reprodução/ TV UFMG)

O desenvolvimento da SpiN-TEC, imunizante da UFMG contra a Covid-19, está a caminho de uma nova etapa. Os pesquisadores do CTVacinas trabalham na finalização, ainda neste mês, do pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar clinicamente o composto químico em humanos. A expectativa é que essa testagem, se aprovada, seja iniciada no fim setembro deste ano.

“Já tivemos algumas reuniões com a Anvisa para entender as demandas e o formato do encaminhamento desses dados. No momento, estamos ajustando a abordagem das informações segundo os padrões exigidos pela agência”, explicou o professor Flávio da Fonseca, um dos pesquisadores do CTVacinas que participam dos estudos.

Segundo o docente, o pedido é composto por um dossiê com análises pré-clínicas realizadas em camundongos humanizados (cujo sistema imune se comporta de forma semelhante ao do ser humano), em hamsters e em primatas. O órgão nacional deve avaliar o documento no prazo médio de até 72 horas após a submissão do protocolo.

Testagem

Programada para iniciar em setembro deste ano, a testagem da SpiN-TEC em humanos será dividida em duas fases, que serão executadas ao mesmo tempo: a primeira é composta por testes em cerca de 40 voluntários, e a segunda entre 150 e 300 pessoas.

O objetivo, segundo o CTVacinas, é avaliar se o composto químico é capaz de induzir a geração de anticorpos e de células de defesa específicas contra o novo coronavírus. Outra finalidade é atestar se o imunizante provoca ou não efeitos adversos nos participantes. Até então, os resultados pré-clínicos apontaram que a vacina demonstrou as duas capacidades.

Conforme a UFMG, as fases 1 e 2 de testagem da SpiN-TEC serão realizadas com voluntários que já tenham recebido as duas doses da vacina CoronaVac há pelo menos seis meses. “O objetivo é avaliar a capacidade de resposta imunológica do organismo à terceira dose de um imunizante”, informou a universidade, em nota.

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