(Lucas Prates)
Minas Gerais tem 256 instituições de ensino superior privadas. Em meio a tantas opções, apenas 12% delas receberam os conceitos 4 e 5 no Índice Geral de Cursos (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Nacionais (Inep), na avaliação referente a 2015. Ou seja, apenas 31 universidades, faculdades e centros universitários mineiros foram classificadas como muito boas ou excelentes.
A nota leva em conta desde o desempenho dos alunos até a estrutura das instituições de ensino e é divulgada junto com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
Em 2015, os cursos que passaram pela avaliação foram os bacharelados nas áreas de ciências sociais aplicadas, ciências humanas e áreas afins e os eixos tecnológicos em gestão e negócios, apoio escolar, hospitalidade e lazer, produção cultural e design.
As faculdades Promove e Kennedy estão dentre as mais bem avaliadas. A Promove Tecnologia teve nota 4 no IGC, assim como a Promove de Belo Horizonte e a Kennedy de Minas Gerais.
Para o diretor acadêmico das Faculdades Promove e Kennedy, Natanael Átilas Aleva, as notas são uma vitória e refletem um esforço de longa data. Desde 2012, foi criado um projeto que incluiu maior qualificação dos professores e melhoria da estrutura das unidades das instituições.
Desempenho positivo
O bom desempenho do grupo também reflete as notas positivas recebidas por boa parte das graduações no chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC), também analisado pelo Inep.
O curso de gastronomia do Promove de Belo Horizonte é um dos que receberam nota 4. Segundo o coordenador Jackson Cabral, existe um esforço para mostrar ao estudante a importância de se unir teoria e prática. “Apresentamos ao aluno a importância de se buscar conceitos também na gastronomia para ser um bom profissional”.
O objetivo é obter IGC 5 em todas as instituições do grupo, inclusive nas que hoje têm nota 3, considerada “satisfatória” e recebida por 181 instituições privadas em todo o Estado.
Avaliação ruim
Na outra ponta estão as universidades particulares que tiveram notas insuficientes: das 256 avaliadas em Minas, 43 tiraram notas 1 e 2.
Agora, elas estão na mira do Ministério da Educação e não devem ser incluídas em programas de bolsas do governo, como o ProUni, que concede descontos parciais e isenção total de mensalidade para alunos.