(Lucas Prates/Hoje em Dia)
BONFIM - Conflitos de gerações são comuns até por temperamento e filosofia distintas de vida, mas quando se consegue um convívio harmônico, belas coisas podem acontecer. É com essa união que a cada ano o Carnaval a cavalo de Bonfim se revigora e mantém a tradição da batalha de serpentinas e confetes na tradicional Cavalhada entre Mouros e Cristãos. Crianças, jovens e adultos foram conferir, neste domingo (2), a apresentação de 174 cavaleiros e amazonas no desfile da batalha que mobilizou mais de três mil foliões. Marcus Sousa Rocha, de 9 anos, participou pela primeira vez da cavalgada ao lado dos tios Túlio e Carlos Eugênio. O garoto garante que realizou um sonho. “Desde que vi esse Carnaval queria correr a cavalo”, afirmou. A cavalhada de Bonfim, a 90 quilômetros de Belo Horizonte, acontece há pelo menos 174 anos. Em vez de guerrear, os cavaleiros da cidade utilizam serpentinas e confetes. Durante três dias – com término amanhã– cavaleiros e amazonas se vestem com ricas fantasias criadas em veludo e bordadas a mão. Os cavalos são ornamentados com flores na cabeça e acessórios no pescoço (guizo). Essa tradição é mais antiga que a cidade, que tem 154 anos. A Prefeitura já entrou com projeto para incrementar o Carnaval da cidade, especialmente a Cavalhada, com aprovação da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O secretário de Cultura de Bonfim, Reginaldo Oliveira, está confiante na realização de um Carnaval ainda mais empolgante em 2015. “Para isso, necessitamos do patrocínio da iniciativa privada”.