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O prefeito Marcio Lacerda recebe nesta sexta (2) o projeto de lei que irá definir o destino do Uber na capital mineira. A proposta, definida por uma Comissão Especial formada por vereadores e representantes da BHTrans, quer integrar o sistema táxi com o uso de aplicativos. A expectativa é a de que a proposta volte para a Câmara Municipal em até dez dias, após a avaliação do chefe do Executivo. A partir daí, ela poderá ser votada em plenário e, aprovada, passar a vigorar dentro de dois meses. O projeto prevê a licitação de 500 novos carros de luxo com ar-condicionado para o sistema táxi. Os veículos terão que ter estofado de couro e oferecer conforto aos passageiros. Os carros serão de cores azul, branca e preta e credenciados pela BHTrans. A ideia é que os novos veículos incrementem a frota de táxis na cidade, atualmente composta por 7 mil carros. "Serão licitados conforme determinação antiga do Ministério Público. Terão alto padrão de luxo e enquadrarão nas regras vigentes do sistema", explicou o vereador Wagner Messias, o Preto. MIGRAÇÃO Pela proposta, os motoristas conveniados atualmente ao Uber virariam condutores auxiliares dos vencedores da concorrência pública da prefeitura. A plataforma atua há um ano em BH, com 450 veículos. De acordo com Preto, o projeto de lei proíbe o aplicativo de angariar passageiros para o transporte privado e não licenciado pela BHTrans. Nesta quinta (1º), o projeto de lei foi apresentado para vereadores, representantes do Uber e do Sindicato dos Taxistas (Sincavir). "A alternativa atende todos os lados e presta um serviço de qualidade ao passageiro", avalia Preto. MUDANÇAS Os táxis em BH também terão que oferecer a opção de pagamento com cartão de crédito e implantar a biometria para identificar o motorista do veículo. Em nota, o Uber informou que quer continuar a oferecer "transporte seguro, confiável e com preço justo. É importante deixar claro que Uber não é taxi". Nenhum representante do Sincavir foi encontrado para comentar o assunto.