Belvedere pediu mais segurança oito dias antes de empresário ser baleado

Elemara Duarte - Do Hoje em Dia
12/08/2012 às 07:47.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:23
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Exatamente uma semana antes do assalto e da tentativa de assassinato do empresário César de Moura Gomes, dentro da loja dele, no bairro Belvedere, representantes da Associação de Moradores encaminharam pedidos à Polícia Militar (PM) para aumentar a segurança na região. Para diminuir a insegurança, algumas residências investem quase R$ 700 por mês em equipamentos e rondas particulares.  Gomes permanece internado no CTI do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII em estado grave e passou por uma cirurgia na cabeça, na madrugada de sábado (11).   Entre as medidas solicitadas pela Associação estão: mais uma viatura para ronda, mais blitze em horários variados e que a própria associação banque celular para essas viaturas, com conexão direta com os moradores.    De janeiro a julho deste ano, a associação levantou mais de 70 ocorrências. Grande parte relacionadas a assaltos. Em contrapartida, a maioria das reclamações que a associação recebe é de que o atendimento da polícia é tardio.   Aumento da violência   “Está acontecendo um aumento da violência. Sentimos isso e fomos ao Batalhão da Polícia Militar, no dia 3. Dissemos que, só com uma viatura, é impossível cobrir comércio e casas e sugerimos um celular, à custa da Associação”, diz o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere, Ricardo Jeha. Segundo ele, a PM ficou de estudar o pedido.   A área conhecida como “Belvedere 1 e 2”, de casas, calcula Jeha, reúne cerca de 5 mil moradores; a dos prédios, o “Belvedere 3”, outros 15 mil.   É grande o clima de temor entre comerciantes vizinhos e moradores. Um casal, que não quis se identificar, vive no bairro há 30 anos e aponta que todas as semanas há tentativa de assalto à mão armada em alguma casa. Conforme o casal, moradores tentam se virar para incrementar as formas de proteção.    Em alguns locais há guaritas nas esquinas, construídas pelos moradores. O rateio entre oito casas para manter vigias a postos 24 horas/dia sai a R$ 500; o circuito interno de TV custa outros R$ 100 e a taxa para a Associação, para rondas particulares, R$ 60. A viatura que atende o local foi adquirida com apoio financeiro dos moradores. 

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