(Ricardo Bastos)
Promovida pela ONG Rede WWF (Word Wide Fund For Nature; na tradução Fundo Mundial para a Natureza), a premiação simbólica da "Hora do Planeta", em seu âmbito nacional, foi dada a Belo Horizonte nesta segunda-feira (24). A iniciativa valoriza modelos inspiradores de desenvolvimento sustentável. São Paulo e Rio de Janeiro concorriam ao lado de BH. Agora, a metrópole mineira segue na disputa pelo troféu com mais 30 cidades de 13 países. O anúncio está previsto para o próximo dia 27. Um júri internacional está avaliando as ações desenvolvidas em todos os municípios. De acordo com o parecer técnico do júri internacional, composto por especialistas, Belo Horizonte "apresenta uma estratégia de baixo carbono integrada, guiada por uma visão forte e construída através de ações concretas". Entre os exemplos citados para a vitória da capital mineira está o desenvolvimento adequado da energia solar térmica. Belo Horizonte é considerada a Capital Solar do Brasil, pelo fato de possuir uma área de painéis de captação de energia do sol de 923 mil m², oito vezes maior do que a média nacional. A cidade é referência na aplicação do coletor solar para aquecimento de água e em números de edificações multifamiliares existentes com a aplicação da tecnologia – são atualmente, aproximadamente, 3 mil edifícios residenciais. Com relação à gestão de resíduos sólidos, mantém uma central de tratamento no aterro sanitário, situado na região Noroeste da cidade e desativado desde 2007, que processa e queima o gás metano produzido a partir da decomposição do lixo aterrado e gera energia elétrica que é comprada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Além disso, dentro do Plano de Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa (Pregee), a cidade propõe um conjunto de iniciativas para adaptação do ambiente às mudanças climáticas, apoiando o investimento em energias renováveis. Porém, enquanto a cidade comemora a seleção e almeja ser lembrada no anúncio oficial da "capital mundial da sustentabilidade", muitos desafios precisam ser enfrentados. Entre os principais, aliar a eficiência do transporte público à redução da emissão de gases poluentes; ampliar a coleta seletiva de lixo; e conscientizar a população.