BH não é só prédios, tem muitos caminhos ecológicos

Renato Fonseca - Hoje em Dia
07/06/2015 às 09:04.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:22
 (Flávio Tavares / Hoje em Dia)

(Flávio Tavares / Hoje em Dia)

Quilômetros de vegetação exuberante e ar puro, ambientados pelo canto de pássaros silvestres, formam a atmosfera ideal para quem é afeito a uma boa caminhada junto à natureza. Encontrar esses paraísos verdes é tarefa fácil em regiões como Macacos e Serra do Cipó, destinos tradicionais de ecoturistas. Porém, numa metrópole do porte de Belo Horizonte, a missão parece inatingível. Mas só parece.   A capital reserva paisagens perfeitas para caminhadas e contemplação, longe do barulho e da poluição: um convite a quem deseja fugir do estresse urbano. Na Semana Mundial do Meio Ambiente, comemorada desde segunda-feira, o Hoje em Dia foi conferir de perto algumas dessas formações naturais remanescentes da metrópole.   A travessia da Serra do Curral, um dos principais cartões-postais da cidade, na zona Sul, garante ao visitante uma boa aventura e vista privilegiada. A trilha começa aos pés do ponto turístico. São 4,4 quilômetros de uma pista íngreme formada por lascas de minério. Pelo trajeto de quase três horas, sete mirantes. Dos mais de 1.300 metros de altitude, é possível avistar diferentes pontos da cidade, além de municípios da região metropolitana.   A caminhada é puxada, porém não oferece obstáculos a quem está em busca de bem-estar. Aos 61 anos, a auditora fiscal aposentada Berenice Menezes Corrêa já andou por lá cinco vezes. No começo, ela queria apenas realizar uma atividade física, mas ficou apaixonada pelo lugar. “Quando conto que venho, as pessoas se assustam, pois desconhecem. É lindo e aconchegante”.   Mangabeiras   Do barulho ensurdecedor do trânsito à paz e tranquilidade da mata. Caminhar pelas trilhas do Parque das Mangabeiras, na mesma região, é sinônimo de descanso. “Aqui você esquece que está dentro de BH”, resume a fisioterapeuta Andrezza Goston, de 30 anos.    Existem três trilhas oficiais: das Águas, da Mata e do Sol. Nascentes e cursos d’água cortam os trajetos, que também abrigam gramados, rochas e paredões, além de diversificada fauna e flora. Nas árvores, é fácil perceber os líquens, sempre associados à pureza do ar.   E se engana quem pensa que as trilhas estão concentradas só nessa região de montanhas. No parque Roberto Burle Marx, conhecido como Parque das Águas, no Barreiro, há um pequeno trajeto, de cerca de 1 quilômetro, entrecortado pelo córrego do Clemente. A mata faz divisa com o Rola-Moça. Aves, micos e peixes podem ser vistos.   BH ainda oferece muitas outras trilhas espalhadas pelo interior de parques e áreas verdes que não são oficialmente divulgadas em função de serem espaços de preservação. Segundo a prefeitura, nascentes e biodiversidade poderiam ser prejudicadas pelo fluxo de frequentadores.

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