O prefeito Alexandre Kalil afirmou nesta sexta-feira (20) que a prefeitura de Belo Horizonte irá retirar os desabrigados que vivem nas ruas da capital mineira. “Não podemos fazer da cidade um hotel cinco estrelas para moradores de rua”. Segundo a administração municipal, hoje há cerca de 4.500 pessoas nessa situação. 

Na última quinta-feira (19), o Executivo anunciou que intensificará as ações de desobstrução das ruas da capital, passando a contar com nove equipes multidisciplinares, compostas por psicólogos, assistentes sociais, agentes de saúde, limpeza e guardas municipais. Antes, BH tinha apenas um grupo especializado na abordagem de pessoas em situação de rua. Além disso, serão criados dois novos centros de acolhimento na capital: um para grávidas e puérperas e outro para famílias. Juntos, eles somam 90 vagas. 

Kalil reforçou que a medida de tirá-los das ruas é uma determinação dele e que será acompanhada da criação de novas vagas em unidades de acolhimento provisório. Ele ainda garantiu que o município terá uma “atitude firme” quanto a essa questão. “Caso contrário, daqui a pouco vamos ter prédios de três andares [se referindo às casas improvisadas dos moradores de rua], se nada for feito”.

“Temos duas etapas: primeiro é ter lugar para acolher, porque nós vamos tirar. É uma determinação minha. Isso aqui não pode ser o paraíso para morador de rua. Por outro lado, não podemos jogar essas pessoas no rio. Então, estamos aumentando o acolhimento para tirar da rua e ter onde colocar”, afirmou o político, durante a inauguração de dois novos edifícios para centros de saúde da capital. 

Kalil disse ainda que haverá vagas suficientes para receber todas as pessoas em situação de rua. Outra solução, para ele, além do abrigamento, seria fazer com que esse público retorne para o interior do Estado, já que boa parte dos que vivem nas vias não é da capital.

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