BH prestes a receber novo hospital do câncer

Gabriela Sales - Hoje em Dia
20/12/2014 às 08:10.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:26
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) vota, no dia 27 de janeiro, o licenciamento para o início das obras de um novo hospital para o tratamento de câncer e outras especialidades em Belo Horizonte. O projeto prevê a instalação de um complexo aos pés da Serra do Curral, no Mangabeiras, na área do antigo Instituto Hilton Rocha.   A análise da licença deveria ter acontecido na quarta-feira, mas a sessão acabou suspensa porque três conselheiros do Comam pediram vistas ao projeto. O processo faz parte do trâmite de implantação, iniciado há cerca de três anos.    A utilização das dependências do Hilton Rocha, desativado há cinco anos, teve o aval da Câmara dos Vereadores em abril de 2013, quando foi aprovada a Lei nº 288. Foram flexibilizados o uso e a ocupação do solo em áreas onde já existiam hospitais, incluindo Zonas de Proteção Ambiental.    O complexo não representará alteração na arquitetura da antiga unidade de saúde e, por isso, não há possibilidade de interferência na paisagem da Serra do Curral. “O projeto atende a toda a regulamentação da prefeitura. O prédio passará por melhorias, mas não terá a estrutura alterada”, explica o diretor do Grupo Oncomed, Amândio Soares Fernandes Júnior.    A Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras teme consequências para a Serra do Curral. “Queremos a garantia de que o meio ambiente não sofra com a ampliação do hospital. Isso precisa ser considerado antes que as obras comecem”, diz o presidente da associação, Alberto Dávila.    Possibilidade essa descartada por Amândio Júnior, do Grupo Oncomed. “Estão sendo levadas em conta as características ambientais e o tombamento do prédio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”.    Pelo projeto, será feita uma readequação estrutural do edifício, que será harmonizado com a Serra do Curral. “Houve uma devastação quando o primeiro prédio foi feito. Agora, a prioridade é resgatar o meio ambiente, aliando à construção existente”, salienta o diretor do Instituto Mineiro de Desenvolvimento Ambiental, Carlos Eduardo Orsini. 

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