BH registra queda de 25% no número de homicídios, diz PM

Mariana Durães
17/12/2018 às 10:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:36

A Polícia Militar apresentou, na manhã desta segunda-feira (17), estatísticas de crimes e resultados operacionais do Comando de Policiamento da Capital (CPC). De acordo com os dados, houve uma queda de 44% no número de roubos a estabelecimentos comerciais e 37% a coletivos. Já os homicídios caíram cerca de 25%.

O comandante do CPC, coronel PM Anderson de Oliveira, condiciona a queda ao aumento de efetivo nas ruas. “Neste ano tivemos 518 policiais realocados de serviços administrativos e operacionais para o contato direto com a comunidade”, disse. O policial citou, ainda, o combate à receptação de celulares que apreendeu mais de 14 mil aparelhos, além de mais de sete mil recuperados após furtos ou roubos.  

No total foram 35 mil pessoas presas e seis mil menores apreendidos. Entre os adultos, quase cinco mil foram reincidentes. Sobre isso, o comandante defende mudanças para que estas pessoas permaneçam detidas. "Não é o número ideal, mas esperamos que demais órgãos façam sua parte em mudanças legislativas para que não haja tantas benesses para os indivíduos que cometem crimes", disse. 

Crimes violentos

De forma geral, os índices de crimes violentos tiveram uma redução de 36%, a maior em 7 anos. Os números, agora, voltam ao patamar de 2011, quando começaram a subir. Os homicídios, por exemplo, atingiram a menor quantidade desde 1998. Em relação a 2017 foram 110 mortes a menos. 

De janeiro a novembro foram realizadas 167 mil operações, com 2.635 armas de fogo e 1.877 armas brancas apreendidas. No período foram 261 mil registros de ocorrência, sendo quase nove mil sobre apreensão de drogas.

Sobre as subnotificações de crimes de menor gravidade, o comandante do CPC afirmou que não é possível fazer uma estimativa de quantos seriam. Ele diz que esta é uma realidade mundial e não exclusiva de Belo Horizonte. "O que a Polícia Militar vem fazendo é dar mais oportunidade para a população ter mais acesso ao registro de ocorrência. Através das bases comunitárias, ampliamos o atendimento de 33 pontos para 119, nos quais é possível narrar os fatos", diz. Conforme o coronel, é importante registrar este tipo de informação sobre crimes, mesmo aqueles que menor ofensividade, para que a polícia possa agir preventivamente para inibir o delito. 

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