BH tem mais uma manifestação contra aumento das tarifas de ônibus

Sara lira - Hoje em Dia*
25/08/2015 às 11:59.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:29
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Integrantes do Tarifa Zero realizaram, na manhã desta terça-feira, o terceiro ato contra o aumento das tarifas de ônibus na capital. Eles se concentraram na avenida Amazonas, em frente ao Cefet 1, no Nova Suiça, região Oeste de Belo Horizonte.

Lá, eles chegaram a fechar parte da via por uma hora, liberando apenas uma faixa. Com cartazes, faixas e gritos de ordem, elex exigiam a redução da tarifa. O trânsito ficou complicado na região, com congestionamento chegando a 1,5 quilômetro.

O evento, marcado para às 11 horas, contou também com a participação de estudantes do ensino médio. "Fizemos panfletagem nas escolas para envolver os secundaristas nesse protesto", afirmou uma das participantes do Tarifa Zero, Luiza Souza, de 20 anos. Os manifestantes aguardaram a saída dos alunos de escolas da região para iniciar o protesto.

Abaixo-assinado

Os manifestantes recolheram assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue à Câmara Municipal de BH solicitando realização de uma audiência pública para discutir sobre o aumento. Conforme integrantes que participaram do ato, às 19h será realizado uma reunião para definir os rumos do movimento.

De acordo com o integrante do Tarifa Zero, Cléssio Cunha Mendes, outra manifestação será realizada, dessa vez na Praça Sete - tal como as duas primeiras. "Ainda estamos definindo a data, mas possivelmente será na próxima sexta ou segunda, no fim da tarde", disse.

Entenda

A liminar que suspendia o reajuste de 9,68% foi cassada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais no início da noite de sexta-feira (7). O aumento das tarifas de ônibus e táxi-lotação foi publicado no dia 31 de julho no Diário Oficial do Município (DOM). A previsão era de que o novo valor entraria em vigor a partir do dia 4 de agosto. No entanto, a Defensoria Pública entrou com um recurso no mesmo dia da divulgação dos novos valores e o reajuste foi suspenso pela 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal.

Na ocasião, a Defensoria pediu 180 dias de suspensão até que fossem verificados os custos operacionais do sistema. Durante a semana, a Prefeitura de Belo Horizonte entrou com recurso para garantir o aumento tarifário.

A revisão das tarifas vale também para as linhas integradas ao metrô. Os circulares passam de R$ 2,20 para R$ 2,45. A corrida de táxi-lotação passa para R$ 3,75 e para os suplementares os passageiros terão que desembolsar entre R$ 2,45 e R$ 3,40. Os créditos eletrônicos do Cartão BHBus Vale-Transporte adquiridos até ontem terão o valor de compra mantido por 45 dias.

*Com Gabriela Sales

Atualizada às 14h24

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