BH vai realizar primeira pesquisa sobre a situação da população LGBT com mais de 60 anos

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
14/06/2021 às 16:48.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:10
 Dos 150 pré-candidatos, 147 são para vereadores e três para prefeito (Pixabay/Divulgação)

Dos 150 pré-candidatos, 147 são para vereadores e três para prefeito (Pixabay/Divulgação)

A primeira pesquisa sobre a situação da população LGBT+ com mais de 60 anos da capital mineira será realizada pelo Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero (Diverso) da UFMG em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. O diagnóstico pretende consolidar a compreensão multidisciplinar e detalhada do processo de envelhecimento desse grupo de moradores.

Serão avaliados o perfil socioeconômico, estrutura da família e histórico de fragilização de vínculos familiares, além da saúde mental e processos de adoecimento na velhice. Também serão verificadas violações de direitos e histórico de violência LGBTfóbica, percepção sobre segurança, vivência da sexualidade, matrimonialidade e outras relações afetivas, consumo, patrimônio e turismo.

O levantamento será desenvolvido em duas etapas. A primeira será o preenchimento de questionário on-line. Depois, caso o voluntário tenha interesse, haverá uma entrevista com a equipe do Diverso, que vai captar a opinião dos participantes também em relação ao acesso e à qualidade dos serviços públicos de saúde, assistência social, transporte e mobilidade urbana, educação e cultura, políticas de geração de renda e empregabilidade, espaços públicos e políticas de esporte e lazer.

Estigmatização

Segundo os coordenadores do estudo, embora os direitos da pessoa idosa estejam garantidos pelos instrumentos legais, especialmente o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), não existe nenhum diagnóstico específico em BH com relação às violações dos direitos da população idosa LGBT+.

O cruzamento das experiências poderá revelar as mais diversas formas de violação de direitos, como abandono financeiro e exploração econômica; violências física, psicológica, conjugal, sexual; abandono e negligência; autonegligência e isolamento social.  

O projeto

Instituído neste ano, o Longeviver LGBT+ é fruto da parceria construída ao longo dos últimos anos entre o Programa de Extensão Diverso UFMG, da Faculdade de Direito, e a Diretoria de Políticas para a População LGBT da PBH.

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