Bloco Magnólia arrasta foliões pelas ruas do Caiçara ao som de jazz

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
09/02/2016 às 14:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:21
 (Chintya Oliveira/Hoje em Dia)

(Chintya Oliveira/Hoje em Dia)

 


Aqui não tem batucada nem hits de sucesso tocados em rádios brasileiras. O Bloco Magnólia desfilou pela terceira vez pelas ruas do bairro Caiçara com a proposta de fazer, em Belo Horizonte, uma versão carnavalesca do jazz de Nova Orleans (EUA), popularizado nos anos 30 e 40.
O bloco saiu da rua Magnólia às 13h45, com um roteiro diferente do ano passado. Dessa vez, ao invés de percorrer pequenas ruas do bairro, desceu para a avenida Carlos Luz e encerrou o cortejo na avenida Pedro II, atraindo pelo menos 5 mil foliões. Outra novidade foi o uso de som, montado em cima de uma Kombi, amplificando a música feita por 15 instrumentistas.

“Fizemos a mudança por causa do grande volume de pessoas que nos assistiu no ano passado. Foi muito complicado andar pelas ruas apertadas. Não queremos que as pessoas fiquem esprimidas, mas que tenham a liberdade de dançar”, conta Leonardo Brasilino, regente do bloco.

Foram tocadas cerca de 12 músicas ao longo do percurso, permitindo liberdade de improviso aos instrumentistas, como manda o bom jazz. Teve espaço ainda para músicas de Tim Maia e Marku Ribas. “Nossa proposta é não só entreter, mas mostrar que existe uma riqueza carnavalesca que é universal”, completa Brasilino.

De acordo com coordenador Luis Henrique Dias, para oferecer uma melhor qualidade de som para o público, foram investidos R$ 5 mil, adquiridos com shows, venda de camisetas e um processo de fianciamento coletivo pela internet. A intenção é que o bloco faça outros eventos ao longo do ano, inclusive na rua.

Aprovado
A proposta diferenciada agrada em cheio muita gente. “Eu estou bem cansada, já fui a muitos blocos nos últimos dias, mas não pude deixar de vir para o Magnólia. É a minha terceira vez e gosto muito de ter essa experiência diferenciada”, diz a professora Ana Fonseca, de 32 anos.

O analista de sistemas Leonardo Salum, de 38 anos, adoro jazz, mas não tinha gostado do cortejo ano passado, por causa da multidão esprimida nas pequenas ruas. “Só voltei este ano porque vi que haviam mudado o projeto. Por enquanto, estou achando ótimo”, diz.

Para ficar ainda mais bonito o cortejo do Magnólia, dessa vez o bloco convocou dançarinos de Lindy Hop, um estilo ligado ao jazz antigo. Eles ficaram separados do público por uma corda, logo à frente dos músicos, mostrando como é gostoso e possível dançar ao som daquela música diferente da tradição brasileira. Para completar, Lira Ribas, filha do músico Marku Ribas (1947-2013).

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