O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola", um dos réus no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samudio, compareceu à 2ª Vara de Precatórias Criminais de Belo Horizonte. Ele acompanhou o testemunho de seu ex-companheiro de corporação, Júlio César Monteiro de Castro. "Bola" é suspeito do desaparecimento e possível homicídio de Marildo Dias de Moura e Paulo César Ferreira, que teria ocorrido em 6 de maio de 2008. As duas vítimas teriam sido "capturadas" nessa data e levadas para o centro de treinamentos do Grupo de Resposta Especial (GRE) da Polícia Civil. Eles teriam sido torturados e executados pelo grupo composto por Marcos Aparecido, Anderson Marques Alves,  Gilson Costa Wanderlim de Souza. De acordo com o inquérito, eles levaram as vítimas em uma viatura de placa GUG-2207.   No centro de treinamentos do GRE, as vítimas teriam sofrido torturas diversas, como o uso de cães para mordê-los. Após a sessão, Gilson teria utilizado um torniquete para estrangular ambos até a morte. Os corpos teriam sido desmembrados e queimados em pneus dentro do próprio GRE, em uma prática conhecida como "micro-ondas". Uma parte da nádega de um deles teria sido jogada em um lixão na cidade de Esmeraldas, região Metropolitana de Belo Horizonte.   Após dois dias, familiares compareceram continuamente na delegacia para prestar queixa do desaparecimento, mas nada teria sido feito, segundo testemunho. Cerca de um ano depois, o caso chegou à Corregedoria da Polícia Civil, que assumiu as investigações.   "Bola" chegou à vara acompanhado de Ércio Quaresma, seu advogado. Questionado sobre o julgamento do próximo dia 19 do desaparecimento de Eliza Samudio, citou a bíblia, Capítulo 5, versículo 14 dos Provérbios: "A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa, porém, se desboca em mentiras". (* Com Carlos Calaes - Do Hoje em Dia)

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