BR-040 é fechada e nove trechos de rodovias mineiras são afetados por protesto de caminhoneiros

Hoje em Dia
23/02/2015 às 19:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:07

Mais uma rodovia mineira foi fechada, nesta segunda-feira (23), por caminhoneiros. Nesta noite, os quilômetros 558, em Nova Lima, e 523, em Contagem, ambos na Grande BH, da BR-040, foram interditados pelos manifestantes. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), carretas e caminhões estão sendo parados no acostamento da rodovia. O protesto começou no domingo (22) devido ao valor elevado do diesel, ao baixo valor do frete e pela longa jornada de trabalho imposta à categoria.   Segundo a Autopista Fernão Dias, cinco trechos da BR-381 foram fechados. Na Grande BH, há lentidão do KM 496 ao KM 513, entre as regiões de Betim e Igarapé, na pista sentido São Paulo, e do KM 521 ao KM 513, entre as regiões de Brumadinho e Igarapé, no sentido Belo Horizonte. Em Oliveira, no Centro-Oeste do Estado, o trânsito é lento do KM 622 ao KM 617, no sentido Belo Horizonte. Em Santo Antônio do Amparo, também no Centro-Oeste de Minas, há lentidão do KM 637 ao KM 636, no sentido Belo Horizonte. Em Perdões, no Sul de Minas, o congestionamento vai do KM 681 ao KM 677, no sentido da capital, e do KM 676 ao KM 677, no sentido São Paulo. Já em Lavras, também no Sul do Estado, a manifestação ocorre do KM 690 ao KM 689, no sentido Belo Horizonte, e do KM 688 ao KM 689, no sentido São Paulo.   No início da tarde desta segunda-feira, os caminhoneiros impediram o tráfego na BR-262, no entrocamento com a MG-050, em Juatuba, na Grande BH. Foi fechado ainda o KM 272, da BR-381, na altura de Timóteo, no Vale do Rio Doce.   Em todos os trechos afetados pelo protesto, as carretas e os caminhões estão sendo impedidos de passar. Carros de passeio, motocicletas, ambulâncias e demais veículos circulam nas rodovias. Mesmo assim, de acordo com a PRF, as intervenções causaram congestionamento quilômetros nestas regiões.   Por causa das paralisações, a produção da Fiat Automóveis em Betim, na Grande BH, foi prejudicada. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, os funcionários do primeiro turno trabalharam normalmente até as 15h. Porém,  os empregados do segundo e terceiro turnos foram dispensados porque não ocorreu a entrega dos componentes necessários para fabricação dos veículos. O motivo é que os caminhões estavam presos na paralisação.   Reivindicação   Os caminhoneiros apresentam três reivindicações. A primeira é em relação ao valor do Diesel. "O combustível não pode comprometer mais do que 40% do nosso orçamento. E ele tem comprometido cerca de 70%", disse o caminhoneiro Carlos Henrique Anselmo, um dos participantes do movimento.   A outra é o baixo do valor do frete. Segundo o caminhoneiro autônomo Renato Martins de Almeida, que também participa do protesto, pedágio e abastecimento ficaram mais caros, mas o frete permanece o mesmo. "Não estamos tendo lucro suficiente", lamentou.    A terceira reivindicação se refere a Lei 12.619 de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia. "Não nos dão condições de ter que parar na estrada a cada 8h. Além disso a viagem vai ficar mais longa e não querem aumentar nosso salário pra isso", afirmou Renato.   Atualizada às 20h38.

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