Bruno admite se sentir culpado por Eliza, mas nega ser o mandante

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
06/03/2013 às 15:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:38
 (Reprodução)

(Reprodução)

Depois de chorar muito ao ouvir a juíza Marixa Fabiane ler as acusações feitas pelo Ministério Público, o goleiro Bruno Fernandes admitiu que se sente culpado com a morte de Eliza Samudio. A afirmação foi feita à magistrada que questionou a veracidade da denúncia. "Excelência, como mandante dos fatos, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado". O réu contou detalhes sobre como conheceu Eliza Samudio e sobre o relacionamento que teve com a modelo.

O atleta relatou que conheceu a ex-moldeo em 2009 na casa de uma amiga. Segundo o réu, ele teve apenas uma relação sexual com Eliza. Dessa transa, ela engravidou e o goleiro passou a ajudá-la financeiramente durante a gravidez . Chorando, o atleta disse que a modelo sempre pedia mais.

Após várias brigas, a modelo saiu do Rio de Janeiro e foi para Santos, no litoral paulista. "Durante esse período, a gente só conversava por telefone. Depois, Eliza contratou um advogado e passamos a conversar apenas por meio dos advogados", relatou o goleiro.

Segundo Bruno, quando a criança nasceu, Eliza levou o bebê para o hotel Windsor, no Rio de Janeiro, onde ele estava hospeado. Foi nessa ocasião que ele conheceu o filho, Bruno Samudio."Eu fiquei feliz com o fato da criança ter nascido saudável, porque eu sempre quis ter um menino", disse o atleta.

Porém, segundo ele, nessa época ela conheceu uma equipe de jornalismo do jornal Extra. Esses jornalistas passaram a abordar muitas vezes a Eliza Samudio e ela passou a difamá-lo na imprensa. Segundo ele, isso chegou até a atrapalhar as propostas de trabalho que ele estava recebendo

Bruno contou que não só ele ficava incomodado com as declarações dadas por Eliza, que o acusava de não pagar a pensão. Segundo o goleiro, a família dele, o empresário e os amigos também não gostavam das declarações dela. "Todo mundo que dependia de mim se incomodava", afirmou.

A partir disso, as brigas entre o casal teriam ficado cada vez mais constantes e ele já estaria cansado das discussões verbais que tinha com Eliza por telefone. "Não queria mais contato com ela", disse o réu. Foi então que, em 2010, antes da criança nascer, Luiz Henrique Romão, seu amigo e funcionário, foi morar no Rio de Janeiro a convite do Bruno.

Nessa época, Bruno Fernandes morava no Recreio dos Bandeirantes e já era noivo de Ingrid Calheiros. Lá, morava o Jorge Luiz, primo de Bruno e filho da empregada de Dayanne. A mãe de Jorge, tia do goleiro, pediu para que Bruno deixasse o adolescente morar com ele já que ele estava jurado de morte por traficantes após ter perdido uma carga de drogas. "Eu conversei com a Ingrid antes e a gente quis cuidar do Jorge, talvez até como filho", disse Bruno.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por