Bruno e Macarrão teriam caso homossexual, diz advogado

Ana Clara Otoni - Do Portal HD
08/07/2012 às 20:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:25
 (Hoje em Dia/Arquivo)

(Hoje em Dia/Arquivo)

O goleiro Bruno Fernandes deve receber nesta segunda-feira (9) um exemplar da revista Veja, que trouxe na edição desta semana uma reportagem que aponta para uma carta na qual o jogador pediria ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para adotar um "plano B", que seria se responsabilizar pela morte e desaparecimento de Eliza Samudio.O advogado do goleiro, Rui Pimenta, foi quem afirmou ao Hoje em Dia que fará a entrega do exemplar ao cliente ainda na parte da manhã. Bruno e Macarrão estão há dois anos preso na penitenciária Nelson Hungria, em Ribeirão das Neves. Ainda segundo o advogado, a carta retrata apenas a relação homossexual dos dois.

"Essa carta não poderia ter saído do presídio e ir parar em uma redação de revista. É preciso apurar como se deu esse desvio, é absurdo", afirmou Pimenta. Na publicação da revista Veja, há a informação de que a carta foi extraviada por um agente penitenciário, que não foi identificado. Ainda segundo a revista, a carta teria passado por uma perícia técnica. Os nomes dos profissionais responsáveis por essa perícia, porém, não foram informados. Rui Pimenta não descarta a possibilidade de a carta ter sido escrita por Bruno, mas para ele, o teor da mensagem é outro. "Ele estava terminando o relacionamento dele com o Macarrão. A carta fala de amor e perdão o tempo todo", afirma ele, que defende a teoria de que Macarrão e Bruno teriam uma relação homossexual.

Segundo Pimenta, a revista só quis polemizar o caso e ainda mostrar que Bruno, de fato, tem alguma culpa no desaparecimento e morte da modelo e ex-amante do goleiro. "Mesmo que o Macarrão assumisse a culpa, o Bruno não seria livre. Ele foi pronunciado e deve ficar lá, a menos que tenha um habeas corpus de Brasília", disse. O advogado refere-se à primeira conquista de Bruno na Justiça que, depois de inúmeras tentativas, conquistou na Justiça o direito a liberdade condicional em relação ao processo de cárcere privado e lesão corporal de Eliza, mas precisa de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) para sair do presídio. Pelos crimes, Bruno foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão.

Uma outra questão levantada pelo advogado é o fato de a carta não ter data. "É uma coisa completamente perdida no espaço e no tempo", disse. Segundo ele, na petição que será enviada ao juiz de Contagem nesta segunda, ele vai acrescentar um exemplar da revista. "É evidente que vou usar essa carta na argumentação da defesa. Porque não há como uma carta sair de um presídio, ir parar em uma redação de revista e a Seds não saber disso", afirmou.

Sobre a expectativa da reação do cliente ao ver a edição da revista, ele disse: "Acho que o Bruno vai é rir disso tudo", disse.

Veja trechos da carta:

"Maka, eu não sei como dizer isso, mas conversei muito com os nossos advogados e eles chegaram a uma conclusão devido aos últimos acontecimentos e descobertas sobre o processo e investigações. Nós conversamos muito e eles acham que a melhor forma para resolvermos isso é usando o plano B".

"Você disse para mim que se precisasse, você ficaria aqui e era para mim nunca te abandonar, então, irmão, chegou a hora".

"Eu, sinceramente, não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você”.

"Por mais longa e escura seja a noite, o sol sempre voltará a brilhar".

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