Cabo que atirou em beco na Serra ganha liberdade

Jefferson Delbem - Hoje em Dia
22/03/2013 às 11:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:09
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Já está em liberdade o cabo do 22º Batalhão de Polícia Militar (PM), José Alves Celestino, que assumiu ter efetuado um tiro em um beco no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde um adolescente, de 16 anos, foi baleado. A PM informou que o policial recebeu um benefício da Justiça e que agora irá responder ao processo em liberdade. Além disso, ele deve voltar a exercer as suas funções normalmente.

De acordo com a polícia, o cabo Alves irá passar por um programa de atendimento psicológico da própria corporação e, em seguida, já deve retornar às suas atividades. Não foi revelado ainda a data prevista para que o militar volte a trabalhar e onde ele irá atuar.

O tenente-coronel Alfredo Veloso, comandante do 22° BPM, disse que o militar revelou que apenas revidou tiros efetuados por um suspeito que estava no Beco São Luiz e trajava camisa vermelha e bermuda preta. No entanto, Alves não confessou ter atirado contra o adolescente e disse ainda que sequer viu o jovem. O rapaz estaria comendo um pão com manteiga e tomando um copo de café com leite na porta de casa.

Entenda o caso

Durante a festa "Serra Te Amo, Te amo Serra", que acontecia na Praça do Cardoso, na noite de domingo (17), seis pessoas em quatro motocicletas chegaram ao local e efetuaram vários disparos. Dário Ferreira Leite Neto, de 33 anos, morreu na hora. Foram conduzidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), cinco homens, com idade entre 18 e 22 anos; duas mulheres, de 20 e 21 anos; além de uma idosa, de 71; dois adolescentes, de 14 e 16 anos, e uma criança de 6 anos.
 
Segundo o tenente-coronel Alberto Luiz Alves, assessor de Comunicação da PM, não havia policiamento fixo no local durante o evento, apenas nas proximidades e motorizado. Ainda conforme o militar, a festa tinha alvará mas a polícia só foi avisada sobre o evento na data em que ele aconteceu, o que inviabilizou a atuação da PM. A polícia informou também que aproximadamente 400 pessoas estavam no local quando a confusão começou.
 
Já a secretária-adjunta da Regional Centro-Sul, Nilda Maria Xavier Pires, informou que o alvará era para um evento cultural de 1.000 pessoas - "Serra Te Amo, Te amo Serra" - e foi solicitado dentro do prazo. Ela esclareceu ainda que todas as exigências foram cumpridas e os órgãos competentes - Cemig, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e empresas de trânsito - avisados com 48 horas de antecedência.

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